A nossa espécie está programada para que os nossos
fetos permaneçam nove meses dentro do útero materno. De todos os mamíferos
somos os mais vulneráveis e dependentes ao nascimento. Esta vulnerabilidade
aumenta quando se nasce prematuramente.
Cada
semana dentro do útero materno pode fazer a diferença para a melhor ou
pior na adaptação à vida extrauterina e na maior ou menor necessidade de
apoio médico, sendo a idade gestacional e o peso ao nascer dos principais
fatores a condicionar a adaptação e sobrevivência.
Alguns bebês podem parecer "maduros" e perfeitamente formados mas o seu cérebro, pulmões, intestinos, fígado, rins ou o sistema sensorial podem ter um longo caminho a percorrer. Quanto mais prematuro e mais pequeno maior a imaturidade e maior o esforço de sobrevivência e os riscos.
Tudo isso requer o recurso ao internamento em unidades de cuidados intensivos – UCIN – com o apoio de ventiladores que os ajudam a respirar, medicamentos, o ritmo cardíaco normal, ou a função renal adequada e vigilância constante. Os bebês são colocados em incubadoras ou berços aquecidos que mantêm as condições adequadas de temperatura e umidade, ajudando também a proteger de infecções.
Todos os órgãos, em especial o cérebro, têm necessidades muito próprias para crescer e se desenvolver. Em regra só o útero materno as pode suprir, sendo assim como uma Uti-móvel.
As implicações do nascimento prematuro são particularmente relevantes para o sistema cerebral, respiratório, digestivo e sensorial.
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