CAlEndáRIO de VACInAçãO dO PREMATURO
Recomendações
da Sociedade Brasileira de Imunizações (sbim) – 2014/2015
Vacinas: recomendações, esquemas e cuidados
especiais:
BCG ID
Em
recém-nascidos com peso maior ou igual a 2.000 g. Deverá ser aplicado o mais
precocemente possível, de preferência ainda na maternidade.
Hepatite B
Aplicar
a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida. Os rns de mães portadoras do vírus
da hepatite B devem receber ao nascer, além da vacina, imunoglobulina especifica
para hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 ml via intramuscular, logo após o
nascimento, até, no máximo, o sétimo dia de vida. A vacina deve ser aplicada
via IM no vasto lateral da coxa e a HBIG na perna contralateral. Em função da
menor resposta à vacina em bebes nascidos com menos de 2.000 g, recomenda-se
completar o esquema de quatro doses.
Palivizumabe
Recomendado
para prematuros e crianças de maior risco.
É
um anticorpo monoclonal especifico contra o Vírus Sincicial Respiratório
(VSR). Deve ser aplicado nos meses de
maior circulação do VSR, no Brasil, de março a setembro, exceto na região
Norte, onde o período de circulação ocorre entre janeiro e fevereiro. É
recomendado até 1 ano de Idade para crianças nascidas com idade gestacional
inferior a 29 semanas; e até 6 meses de idade para crianças nascidas com idade
gestacional de 29-32 semanas. Para crianças cardiopatas ou portadoras de doença
pulmonar crônica, desde que em tratamento clinico nos últimos seis meses (O²,
broncodilatador, diurético ou corticoide inalatório), independentemente da
idade gestacional ao nascer, recomenda-se até os 2 anos de vida. O palivizumabe
deverá ser aplicado também nos bebes hospitalizados que estejam contemplados
nestas recomendações. A dose é de 15 mg/kg de peso, por via IM em até cinco
doses mensais consecutivas durante a estação de circulação do vírus.
Pneumocócica conjugada
Iniciar
o mais precocemente possível (aos 2 meses), respeitando a idade cronológica. Três doses: aos 2, 4 e 6 meses e um reforço
entre 12 e 15 meses. Recém-nascidos pré-termo (RNPTs) e de baixo peso ao nascer
apresentam maior risco para o desenvolvimento de doença pneumocócica invasiva,
que aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascimento. O esquema
deve ser iniciado o mais precocemente possível, de acordo com a idade
cronológica.
Influenza (gripe)
Duas
doses a partir dos 6 meses com intervalo de 30 dias entre elas. Respeitar a
idade cronológica e a sazonalidade da circulação do vírus.
Poliomielite
Utilizar
somente vacina inativada (VIP) em rns internados na unidade neonatal. A sbim recomenda
que todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar a vacina oral (VOP) em
crianças hospitalizadas.
Rotavírus
Não
utilizar a vacina em ambiente hospitalar. Por se tratar de vacina de vírus
vivos atenuados, a vacina rotavírus só deve ser realizada após a alta
hospitalar, respeitando-se a idade máxima limite para administração da primeira
dose (três meses e 15 dias).
Tríplice bacteriana (difteria, tétano, coqueluche)
Utilizar
preferencialmente vacinas acelulares. A utilização de vacinas acelulares reduz
o risco de eventos adversos.
Haemophilus Influenzae tipo B
A
combinação da vacina tríplice bacteriana acelular (dtpa) com a Hib e outros antígenos
são preferenciais, pois permite a aplicação simultânea e se mostraram eficazes
e seguras para os Rns prematuros. Na rede pública, para os RNPTs extremos, a dtpa
é disponibilizada pelos Centros de Referencia para Imunológicos Especiais
(Cries) e, nesses casos, a conduta do Ministério da Saúde é adiar a aplicação
da vacina Hib para 15 dias após a dtpa. O reforço da vacina Hib deve ser
aplicado nessas crianças aos 15 meses de vida.
Observações:
RECÉM-NASCIDO HOSPITALIZADO: deverá ser vacinado com as vacinas habituais, desde que
clinicamente estável. Não usar vacinas de vírus vivos: pólio oral e rotavírus.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE E CUIDADORES: todos os funcionários da Unidade Neonatal,
pais e cuidadores devem ser vacinados para influenza, varicela e receber uma
dose da vacina tríplice acelular do tipo adulto, a fim de evitar a transmissão
dessas infecções ao RN.
VACINAÇÃO EM GESTANTES E PUÉRPERAS: a imunização da gestante para influenza
(em qualquer idade gestacional) e pertussis (a partir da 20ª semana de
gestação) constitui excelente estratégia na prevenção dessas doenças em
recém-nascidos nos primeiros seis meses de vida, época que eles ainda não estão
adequadamente imunizados.
A
prevenção do tétano neonatal não deve ser esquecida, e o momento do puerpério é
oportuno para receber as vacinas para doenças para as quais a puérpera seja suscetível:
hepatite B, hepatite A, rubéola, sarampo, caxumba e varicela.
VACINAÇÃO DE CONTACTANTES:
a prevenção de doenças infecciosas em lactentes jovens e prematuros pode ser
obtida com a vacinação de crianças, adolescentes e adultos que tem contato frequente
com eles (mãe, pai, irmãos, avós, babás, e outros) – que podem ser fontes,
principalmente, das seguintes infecções imunopreveníveis: coqueluche,
influenza, varicela, sarampo, caxumba e rubéola. A vacinação desses
contactantes, inclusive a mãe, se não
ocorreu antes da gravidez ou durante a mesma, deve se dar o mais precocemente possível
após o nascimento do bebe, de preferência no período do puerpério.
As demais vacinas do Calendário sbim de
vacinação da criança devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica.
•
Preferir vacinas combinadas.
•
Sempre que possível, considerar aplicações simultâneas na mesma visita.
•
Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita
subsequente.
• Eventos
adversos significativos devem ser notificados à Secretaria Municipal de Saúde.
• Algumas
vacinas podem estar especialmente recomendadas para pacientes portadores de
comorbidades ou em outra situação especial. Consulte o Guia de vacinação sbim pacientes
especiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário