terça-feira, 30 de junho de 2015

Palivizumabe - Uma conquista para o prematuro





O palivizumabe não é exatamente uma vacina, e sim um anticorpo desenvolvido em laboratório para impedir a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador da bronquiolite, e atenuar seus sintomas, que reduz em até 55% as internações em situações graves.
Crianças com risco de agravamento são beneficiadas com uma dose intramuscular mensal de 15mg/kg de peso, no período de maior circulação do vírus, totalizando 5 doses anuais.
As indicações são para:
- Bebês prematuros que nasceram com até 31 semanas de gestação;
- - Crianças menores de 2 anos com cardiopatia congênita que exija tratamento clínico e/ou cirúrgico;
- Crianças portadoras de doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia broncopulmonar), que necessitem de tratamento para tal nos 6 meses precedentes à estação do VSR (de Novembro a Abril);
-No Estado do Paraná para este grupo de risco, é fornecido como Imunobiológicos Especiais, através do preenchimento de formulário específico pelo pediatra que faz o acompanhamento intra hospitalar ou ambulatorial.
Siga todos os procedimentos necessários para ele fique o mais seguro possível, tomando todos os cuidados de higiene, evitando locais com muita gente e contato com pessoas doentes, além de manter o restante do calendário de vacinação do pequeno sempre em dia.

                                                                                                    Fonte: prematuridade.com

Homenagem às Mamães da Uti




Divulgando o Blog para o HU e Unioeste



segunda-feira, 29 de junho de 2015

HIDROCEFALIA

  Conceito, causas, tratamento e consequências

     Prematuros são mais vulneráveis ao desenvolvimento da hidrocefalia.
     O que é hidrocefalia?
No interior do cérebro existem espaços chamados de ventrículos que são cavidades naturais que se comunicam entre si e são preenchidas pelo líquido cefalorraquidiano ou simplesmente liquor, como também é conhecido. O termo hidrocefalia refere-se a uma condição na qual a quantidade de liquor aumenta dentro da cabeça. Este aumento anormal do volume de líquido dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio provocando uma série de sintomas que devem ser sempre rapidamente tratados para prevenir danos mais sérios. Muitas vezes pode ser detectada antes mesmo do nascimento, quando se emprega o exame de ultra-som no acompanhamento da gravidez.
  Por que ocorre a hidrocefalia?
A hidrocefalia ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção desse líquido. A condição mais comum é uma obstrução da passagem do liquor, seja por prematuridade, cistos, tumores, traumas, infecções ou uma malformação do sistema nervoso como a mielomeningocele. Em casos raros, a causa é o aumento da produção do líquido em vez de obstrução.
Como é o tratamento da hidrocefalia?
A cirurgia de implante de válvula é o tratamento ideal para se retirar o excesso de líquido de dentro do sistema ventricular. A válvula, acoplada a um tubo flexível de silicone, drena o excesso de líquido para a cavidade abdominal, reduzindo a pressão interna dos ventrículos cerebrais.
Em casos especiais (cerca de 1/3 do total), pode ser realizada uma cirurgia chamada de terceiroventriculostomia. Nesta técnica, produz-se um orifício no assoalho do ventrículo que fica na parte inferior do cérebro. Assim, o excesso de líquido encontrará uma saída alternativa, fazendo baixar a pressão intracraniana.
Quais as conseqüências da hidrocefalia?
Nas crianças pequenas (abaixo de 2 anos), os ossos do crânio não estão soldados ainda e a hidrocefalia se torna óbvia. A cabeça cresce e a fontanela (moleira) pode estar tensa ou mesmo abaulada. O couro cabeludo parece esticado e fino e com as veias muito visíveis. Palpando-se a cabeça, é possível perceber um aumento do espaço entre os ossos do crânio. A criança pode parecer incapaz de olhar para cima, com os olhos sempre desviados para baixo e podendo ainda apresentar vômitos, irritabilidade, sonolência e convulsões.
Nas crianças maiores (acima de 2 anos), como os ossos já se soldaram, o excesso de liquor levará a um aumento da pressão dentro da cabeça o que pode ocasionar cefaléia, náuseas, vômitos, distúrbios visuais, incoordenação motora, alterações na personalidade e dificuldade de concentração. Outro sinal comum é uma piora gradual no desempenho escolar. Tais sintomas exigem avaliação médica imediata. Se houver alargamento dos ventrículos cerebrais, ele poderá ser facilmente observado por ultra-sonografia, tomografia ou ressonância magnética.”
Fonte: AHME – Associação de Hidrocefalia e Mielomeningocele

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Uma História de Vida



Hoje recebemos uma visita especial, a visita do pequeno Luiz Gustavo e seus pais... Então com a autorização destes, vamos contar como foi seu começo de vida neste mundo.

Quando Franciele veio ao HUOP no dia 30 de Setembro de 2014, para acompanhamento clínico de sua gestação (pois desenvolveu Diabetes Gestacional), não imaginava que após o exame de ultrassonografia iria dar a luz mais cedo que o esperado.
Luiz Gustavo nasceu neste mesmo dia, com 35 semanas de gestação, pesando 4,225Kg, sendo considerado prematuro e grande para idade gestacional (possivelmente desencadeado pela diabetes materna). Mas, as surpresas continuaram... Luiz Gustavo precisava de cuidados intensivos, veio então para a UTI Neonatal onde foram diagnosticados inicialmente, Insuficiência Respiratória e Hipoglicemia, sendo submetido a Ventilação Mecânica não Invasiva e medicações para compensar os níveis glicêmicos. No decorrer dos dias, seu desconforto respiratório foi aumentando, sendo solicitado avaliação Cardiológica. No dia 05 de outubro foi avaliado pela cardiologista pediátrica Dra. Adriana Bresolin que realizou na UTI Neonatal uma ecocardiografia. Durante o exame Luiz Gustavo, apresentou parada cardíaca, sendo submetido a intubação orotraqueal seguido de manobras de reanimação, com Ventilação pulmonar positiva, medicação e massagem cardíaca, com retorno dos batimentos cardíacos. Após a estabilização deste pequeno, foi dado continuidade ao exame cardiológico, vindo a diagnosticar uma anormalidade chamada de Tamponamento Cardíaco + Derrame Pericárdico. Com este diagnóstico teria que ser submetido a uma cirurgia Cardíaca. Dra. Adriana entra em contato com Dr. Rui M S Almeida, que prontamente atende seu, e realiza o procedimento dentro da unidade.
Luiz Gustavo permaneceu grave por vários dias, ficou com dreno pericárdico, uso de drogas para manter o seu coração batendo forte, foi avaliado pelo endocrinologista e pelo reumatologista. Após 13 dias foi extubado (retirado do aparelho que o auxilia a respirar). E os dias se passaram......
Como Luiz tinha dificuldade em sugar o seio materno foi avaliado pelo serviço de fonoaudiologia da instituição, que juntamente com a equipe de enfermagem e é claro, com o desejo de amamentar de sua mamãe, foi vencido mais essa batalha. 
Ao todo, Luiz Gustavo permaneceu 32 dias na UTI Neonatal, recebendo alta hospitalar desta mesma unidade com medicações anti-hipertensivas entre outras. Vem sendo acompanhado regularmente no Ambulatório do HUOP pelo serviço do Segmento do Recém Nascido de Risco.
Hoje, com 8 meses de idade, seus pais o trazem até nós, equipe de enfermagem da UTI Neonatal, com um sorriso no rosto e nós, nos sentimos imensamente felizes com esta visita. Resolvemos então compartilhar esta "História de Vida".   

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Microcefalia


A microcefalia pode ser definida como sendo a situação quando o cérebro permanece anormalmente pequeno, sendo fácil reconhecer: o crânio é extremamente pequeno e raramente tem mais que quarenta e cinco centímetros de circunferência quando a criança estiver com um ano e três meses de idade; as fontanelas se fecham prematuramente, não permitindo que o cérebro alcance proporções normais de seu tamanho.
Microcefalia é o crânio de tamanho menor que o normal, caracterizado pela desproporção entre a face e a caixa craniana sendo sua configuração peculiar.
A redução proporcional das dimensões do crânio, sendo que a circunferência ao nascer já é restrita e aumenta com lentidão, não passando de quarenta e dois centímetros.
Um defeito no desenvolvimento do cérebro como um todo, com um perímetro cefálico com menos de três desvios padrões abaixo da média para a idade e sexo. As anormalidades evolutivas e os processos destrutivos que afetam o cérebro durante a vida fetal e os períodos infantis iniciais podem induzir a esse defeito no lactente. 

 Incidência

  As estimativas de incidência de microcefalia ao nascimento variam de 1/6.250 casos a 1/8500 casos. É mais freqüente no sexo masculino. Também demonstra maior aparecimento em indivíduos da mesma família (consangüinidade em 10% dos casos). Geralmente está associada à população portadora de retardo mental. O tipo mais comum de microcefalia é a familiar e autossômica.

A Microcefalia de causa primária ou genética (Microcefalia verdadeira ou Vera) refere-se a um grupo de distúrbios que geralmente não tem outras malformações ou está associada a algumas síndromes genéticas específicas, tais como Síndrome de Down, Síndrome de Edwards, Síndrome de Cri-duchat, entre outras.Nesses casos, a desordem pode se originar de uma variedade de condições que causam crescimento anormal do cérebro e das células nervosas.
A microcefalia também pode estar associada a causas secundárias ou não-genéticas (Microcefalia por Cranioestenose), resultantes de um grande número de agentes nocivos que atingem o feto intra-útero, principalmente acometendo a mãe no primeiro trimestre de gestação. Pode-se citar como exemplos as seguintes condições: uso de drogas (medicamentos e álcool), desnutrição materna, infecções (rubéola, toxoplasmose, varicela), insuficiência placentária e exposição à radiação.
Além disso, nos momentos em que se tem o processo mais rápido de crescimento cerebral, ou seja, durante o período pós-parto indo até os dois primeiros anos de vida, a microcefalia pode ocorrer devido aos seguintes fatores como hipóxia grave, traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular cerebral e distúrbios degenerativos do sistema nervoso central. 
Resultado de imagem para fotos de microcefalia
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Anencefalia

 O que é anencefalia?


Anencefalia é uma má formação do cérebro durante a formação embrionária, que acontece entre o 16° e o 26° dia de gestação, caracterizada pela ausência total do encéfalo e da caixa craniana do feto.

Complicações possíveis

A gestante de um bebê anencéfalo pode sofrer um acúmulo de líquido amniótico dentro do útero, fazendo com que ele não se contraia corretamente e venha a causar hemorragias durante o pós-parto. Em função da má formação craniana, esses fetos assumem posições anômalas durante o parto, podendo dificultar o processo.
Diagnóstico e Exames
Em 100% dos casos, o diagnóstico é dado por meio de ultrassonografia, não havendo margem de erro.


Tratamento e Cuidados


Não há tratamento possível para a anencefalia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda tentar a ressuscitação da criança em casos de parada cardiorrespiratória. No entanto, a conduta médica ainda é variável no Brasil, podendo haver o uso de suporte ventilatório para o bebê conseguir respirar enquanto estiver vivo.
O prognóstico de um bebê com anencefalia é de algumas horas ou dias, não havendo condição de sobrevida.


Fatores de risco


Os casos de anencefalia são mais comuns na primavera, mas as causas desse fenômeno ainda são desconhecidas. Em metade dos casos, a anencefalia acontece porque a mãe sofre uma deficiência de ácido fólico durante a gestão. Fatores genéticos também podem predispor o aparecimento desse tipo de anormalidade.


Prevenção

A prevenção da anencefalia se dá pela suplementação com ácido fólico três meses antes de a mulher engravidar e nos primeiros três meses de gestação.O suplemento é ingerido em forma de pílulas e complexos vitamínicos específicos para gestantes. A quantidade indicada pela Organização Mundial da Saúde e defendida pelos médicos é de 0,4 miligrama por dia de ácido fólico para a prevenção de ocorrência dos defeitos do tubo neural.


Fonte-/www.minhavida.com.br

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Crise Convulsiva



As crises convulsivas podem manifestar-se em qualquer idade, até mesmo em prematuros. Quanto menor a criança, menos expressivas elas são, às vezes até sem manifestar tremor. É preciso estar atento para perceber que algo estranho está acontecendo.
No recém-nascido, verificamos um tipo de crise chamada pelos médicos de “sutil”. Corresponde a um piscar de olhos rápido, ou sucessivos movimentos de repuxamento dos lábios ou até mesmo episódios de apneia. Embora a sutileza de sua manifestação, o olhar aguçado e experiente do pediatra neonatologista, do neuropediatra e da enfermagem de imediato detectará esta anormalidade.
A seguir, após os três meses e até o final do primeiro ano, podem ocorrer episódios em que a criança subitamente flexiona seus membros, chora, logo relaxa, e volta a repetir esses movimentos. Inicialmente, parece uma cólica, mas ao longo dos dias a criança ficará mais tristonha ou irritada e até pode deixar de reconhecer e sorrir para os familiares. São os chamados Espasmos Infantis, uma forma grave de epilepsia deste período.  Nesses casos, o diagnóstico e tratamento precoces têm relação com o prognóstico.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Anoxia Neonatal



A anoxia neonatal é definida como a ausência de oxigênio nas células do recém-nascido. O oxigênio é um elemento absolutamente essencial para a atividade metabólica. É somente na presença do oxigênio que as células conseguem retirar a energia química dos alimentos para a manutenção da vida. Bastam alguns minutos sem este elemento, para que as atividades celulares cessem e se inicie o processo de morte celular. Quando isto acontece, os órgãos que mais sofrem são justamente os que possuem maior atividade metabólica, como o cérebro, o coração e os rins. Geralmente, o organismo humano consegue suportar pelo menos cinco minutos de anoxia sem o aparecimento de lesões orgânicas. Quando este tempo é ultrapassado, as células começam a morrer, levando a sequelas graves e irreversíveis ou a óbito.
A anoxia neonatal é uma das maiores causas de deficiência mental no Brasil. Esta situação é lastimável, principalmente porque a maioria dos casos poderia ser evitada apenas com boa assistência obstétrica e pediátrica na hora do parto. As principais causas de anoxia são os partos complicados, demorados e não assistidos, que interrompem o fluxo sanguíneo placentário para o feto (anoxia intra-uterina), a obstrução das vias aéreas do recém-nascido por secreções, sangue, líquido amniótico ou mecônio (evacuação fetal) e a apnéia do recém-nascido (deficiência do centro respiratório em iniciar o processo ventilativo). É devido a estes riscos que a Medicina está abandonando a prática de realizar partos domiciliares e preferindo a segurança de instituição hospitalar que disponha de recursos como o oxigênio para a reanimação e o aspirador para a retirada das secreções acumuladas durante a passagem pelo canal de parto.
Para avaliar a presença e a importância da anoxia neonatal e auxiliar a decidir rapidamente quais as medidas de reanimação que devem ser empregadas, o pediatra utiliza, logo após o nascimento, o boletim de Apgar. O índice de Apgar é uma nota de zero a dez baseada em cinco parâmetros clínicos. A nota zero é atribuída ao recém-nascido em parada cardiorrespiratória total e a nota dez demonstra a vitalidade máxima. Dependendo do Apgar dado ao recém-nascido no primeiro minuto de vida, o pediatra vai oxigenar, estimular, reanimar a criança ou limitar-se a aspirar as secreções de acordo com a apresentação do quadro clínico. O mesmo índice atribuído ao quinto e ao décimo minuto de vida são utilizados para avaliar o sucesso das medidas empregadas e o prognóstico da criança.
A anoxia neonatal é um quadro relativamente frequente, principalmente em trabalhos de parto normal inadequadamente conduzidos. Um período expulsivo um pouco mais prolongado ou uma circular de cordão diminuem o fornecimento do sangue placentário ao sistema nervoso do feto e iniciam o problema. Na maioria das vezes, sob adequada supervisão obstétrica e pediátrica, estes problemas podem ser contornados sem sequelas. Algumas vezes, no entanto, podem levar a lesões neurológicas graves e irreversíveis, comprometendo todo o futuro da criança.