Hidrocefalia é um acúmulo excessivo do Líquido
Cefalorraquidiano (LCR). Esse líquido envolve o cérebro e a medula espinhal,
agindo como um amortecedor de choques e protegendo os tecidos delicados dessa
região. Também mantém o equilíbrio adequado de nutrientes ao redor do sistema
nervoso central. Quando o líquido se acumula, provoca o aumento da pressão
intracraniana e comprime o cérebro.
Esse acúmulo ocorre por três motivos: obstrução,
que pode ocorrer dentro ou fora dos ventrículos cerebrais; produção excessiva
do líquido, provocada por tumores, por exemplo; ou por dificuldade de absorver
o líquido na corrente sanguínea. As causas podem ser congênitas, geradas por
fatores genéticos associados à malformação do sistema nervoso central. O mais
comum é haver um estreitamento do canal por onde passa o líquido entre o
terceiro e o quarto ventrículos – denominado pelos médicos de estenose do
aqueduto de Sylvius. Este representa 70% dos casos de origem congênita.
A hidrocefalia congênita também pode ser provocada quando a gestante ingere drogas (como LSD e cocaína) ou é portadora de doenças infecciosas, como rubéola, sífilis, citomegalovírus e toxoplasmose. Toda hidrocefalia de caráter congênito pode se manifestar até o primeiro ano de vida. Por isso, é importante sempre medir o perímetro cefálico do bebê. Além das causas congênitas, existem as adquiridas pela criança após o nascimento. A mais comum é resultado das complicações da meningite. Os tumores, a neurocisticercose e o traumatismo craniano também podem provocá-la.
Como perceber
A hidrocefalia pode aparecer no decorrer da vida de qualquer pessoa. Mas, em 60% dos casos, surge na infância. Os principais sinais são o crescimento exagerado da cabeça até os 2 anos, a moleira abaulada e as veias da cabeça dilatadas. Outros sintomas são os olhos voltados para baixo, chamado sinal do sol poente, e dificuldades no desenvolvimento. Em crianças maiores, as queixas são dores de cabeça, acompanhadas de vômitos, irritabilidade, sonolência e visão dupla. Quando não tratada, a hidrocefalia pode levar até a morte.
Estima-se que, por ano, 140 mil pacientes façam tratamento para hidrocefalia no mundo.
A hidrocefalia congênita também pode ser provocada quando a gestante ingere drogas (como LSD e cocaína) ou é portadora de doenças infecciosas, como rubéola, sífilis, citomegalovírus e toxoplasmose. Toda hidrocefalia de caráter congênito pode se manifestar até o primeiro ano de vida. Por isso, é importante sempre medir o perímetro cefálico do bebê. Além das causas congênitas, existem as adquiridas pela criança após o nascimento. A mais comum é resultado das complicações da meningite. Os tumores, a neurocisticercose e o traumatismo craniano também podem provocá-la.
Como perceber
A hidrocefalia pode aparecer no decorrer da vida de qualquer pessoa. Mas, em 60% dos casos, surge na infância. Os principais sinais são o crescimento exagerado da cabeça até os 2 anos, a moleira abaulada e as veias da cabeça dilatadas. Outros sintomas são os olhos voltados para baixo, chamado sinal do sol poente, e dificuldades no desenvolvimento. Em crianças maiores, as queixas são dores de cabeça, acompanhadas de vômitos, irritabilidade, sonolência e visão dupla. Quando não tratada, a hidrocefalia pode levar até a morte.
Estima-se que, por ano, 140 mil pacientes façam tratamento para hidrocefalia no mundo.
Houve uma época em que somente a válvula
era utilizada. Hoje existem outros métodos. Quando a obstrução não é dentro dos
ventrículos, os médicos podem drenar o líquido, desviando seu curso para outras
cavidades, como o coração e o abdome, usando o que os especialistas chamam de
sistema de derivação, formado por cateter, válvula e reservatório. Se a
obstrução é dentro dos ventrículos, é feita uma abertura neles com uma
microcirurgia moderna, a neuroendoscopia. Quando há um tumor ou cisto, eles podem
ser removidos também com esse procedimento, que resolve cerca de 50% a 60% das
hidrocefalias.
A técnica mais avançada é o tratamento intra-útero. Com o exame de ultrassom é possível fazer o diagnóstico a partir da 16ª semana e, na 24ª semana, uma cirurgia no feto, ainda dentro da barriga da mãe. Os médicos realizam punções do ventrículo do bebê para tirar o excesso de líquido ou instalam um cateter que desvia o LCR para o líquido amniótico. Quando o bebê nasce, tira-se o cateter e coloca-se o sistema de derivação, que manda o líquido para o abdome ou para o coração. Se a mãe está na 32ª semana de gestação, o parto pode ser antecipado para que seja colocado no recém-nascido a derivação ou feita a neuroendoscopia. O tratamento intra-útero só é indicado para casos que não sejam provocados por alterações cromossômicas ou doenças infecciosas, pois nessas situações pode ocorrer a destruição da massa encefálica e não há aumento de pressão. No Brasil existem relatos de 70 casos realizados e 70% deles tiveram excelentes resultados.
A técnica mais avançada é o tratamento intra-útero. Com o exame de ultrassom é possível fazer o diagnóstico a partir da 16ª semana e, na 24ª semana, uma cirurgia no feto, ainda dentro da barriga da mãe. Os médicos realizam punções do ventrículo do bebê para tirar o excesso de líquido ou instalam um cateter que desvia o LCR para o líquido amniótico. Quando o bebê nasce, tira-se o cateter e coloca-se o sistema de derivação, que manda o líquido para o abdome ou para o coração. Se a mãe está na 32ª semana de gestação, o parto pode ser antecipado para que seja colocado no recém-nascido a derivação ou feita a neuroendoscopia. O tratamento intra-útero só é indicado para casos que não sejam provocados por alterações cromossômicas ou doenças infecciosas, pois nessas situações pode ocorrer a destruição da massa encefálica e não há aumento de pressão. No Brasil existem relatos de 70 casos realizados e 70% deles tiveram excelentes resultados.
Válvula inteligente
Um dos maiores traumas para a criança com hidrocefalia é trocar o sistema de derivação. Quem tem hidrocefalia passa por cinco cirurgias durante a vida, em média. Elas são feitas para corrigir problemas do próprio sistema, como o desajuste de pressão da válvula, por exemplo. Há cinco anos, está disponível no Brasil uma válvula que pode ser programada fora do corpo. Seu nome é Hakim e significa um alívio para os doentes. Segundo Aylton de Oliveira Júnior, gerente de produto da América Latina, da Johnson, fabricante da Hakim, boa parte dos planos de saúde cobre os custos. O SUS ainda não.
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