terça-feira, 9 de junho de 2015

DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO DO PREMATURO


Resultado de imagem para cerebro de bebe prematuro


A prematuridade é um processo que afeta o desenvolvimento do bebé nascido antes de se terem completado 37 semanas de gestação, especialmente no caso de ser extrema, é a causa principal dos problemas e inclusive da morte após o parto. Alguns dos órgãos internos do bebé podem não se ter desenvolvido completamente, o que o expõe a um risco maior de sofrer determinadas doenças  

Um bebé prematuro tem um desenvolvimento cerebral incompleto, o qual contribui para pausas na respiração (apneia), devido a que o centro respiratório do cérebro pode ser imaturo. É possível utilizar medicamentos para reduzir a frequência da apneia e o bebé recuperar-se à medida que o cérebro amadureça. Um cérebro muito imaturo é vulnerável a hemorragias ou a lesões se se interromper o fornecimento de oxigénio ou de sangue. Mesmo quando existe hemorragia cerebral, a maioria dos bebés desenvolvem-se normalmente, a menos que apresentem uma lesão cerebral grave.

Cada fase do desenvolvimento e crescimento cerebral tem seu tempo e não ocorre individualmente, sobrepondo-se à evolução da gestação.O nascimento prematuro interrompe a evolução normal desses eventos e as crianças nascidas prematuramente são consideradas de risco em relação ao neurodesenvolvimento e às incapacidades funcionais. Isso acontece devido à vulnerabilidade do cérebro na ocasião do nascimento.Tal vulnerabilidade pode levar a anormalidades anatômicas, mais frequentes nessas crianças do que em controles nascidos a termo.Essas anormalidades podem interferir nas capacidades funcionais, cognitivas e comportamentais, causando déficits que persistem até a adolescência e vida adulta, levando a repercussões sociais e educacionais.

O desenvolvimento prematuro do cérebro pode impedir que o bebé chupe e engula normalmente. Muitos bebés prematuros alimentam-se por via endovenosa ao princípio e depois passam à alimentação com leite fornecido através de um tubo que chega ao estômago. Às 34 semanas de idade, devem ser capazes de tomar o leite do peito materno. 


 FONTE//www.scielo.br/scielo


sexta-feira, 5 de junho de 2015

LEITE MATERNO

 O que fazer para manter o leite enquanto o bebê não está mamando no peito


Resultado de imagem para FOTOS DE MAES ORDENHANDO O PEITO MANUAL



 É necessário o esvaziamento (ordenha mamária) periódico do peito a fim de ser mantida a produção de leite materno. A ordenha deve ser feita a cada 2 ou 3 horas e, no mínimo 6 vezes ao dia.
 As mãos precisam ser lavadas para fazer a ordenha e os primeiros jatos de leite devem ser desprezados. O leite ordenhado pode ser guardado em um frasco fervido, com tampa (de maionese, café solúvel, etc). Ferva o vidro e a tampa sem o papel branco ou rótulo do produto, por cerca de 15 minutos. Para levar esse leite ao bebê prematuro no hospital ou doá-lo ao Banco de Leite Humano, não se esqueça de transportar o leite em uma caixinha de isopor ou térmica, com gelo, de maneira que chegue ainda congelado.

 Como fazer  para retirar o leite do peito


  A maneira mais apropriada de tirar o leite do peito, é a técnica de extração manual, é o procedimento mais natural, higiênico e mais parecido com a ação do bebê ao mamar, é fácil e acessível a todas as mulheres.

 Preparação


E conveniente procurar um lugar tranqüilo, limpo e cômodo. Antes de começar, lavar as mãos e preparar um recipiente de vidro ou plástico com tampa, fervidos. Faça massagens suaves no peito para estimular a decida do leite. Primeiro fazendo círculos e logo após de cima para baixo. Massagear suavemente com os dedos e palpar ao redor da aréola para sentir os ductos cheios de leite. Respirar bem profundamente e soltar o ar imaginando que o leite está saindo também pode ajudar bastante. Pensar afetuosamente no seu bebê quando se preparar para a retirada de leite, ajudará a sentir-se bem e a iniciar o reflexo de "liberação do leite"  Coloque o polegar acima da linha onde acaba a rodela (parte escura do peito) e os dois primeiros dedos abaixo. Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo. Tente aproximar a ponta do polegar aos outros dedos, até sair o leite. Despreze os primeiros jatos e, em seguida, abra o vidro e coloque a tampa sobre a mesa, com a abertura para cima, coberta com um pano limpo. Colete o leite no frasco, colocando-o debaixo da aréola. Após terminar a ordenha, feche bem o vidro e  guarde.  O leite retirado pode ser conservado em geladeira, no congelador, ou no freezer. Guardar o leite em vidros com tampas, fervidos (de maionese, café solúvel, etc). Quando o leite estiver armazenado, poderá separar-se em duas partes: uma líquida e outra mais grossa. Ao agitá-las suavemente, ambas partes tornam a se misturar. Ordenhe um pouco de leite e congele-o. Na próxima ordenha pode-se colocar o leite em cima daquele já congelado. Esse procedimento deve ser repetido até faltar aproximadamente dois dedos para encher o frasco. Para descongelar, primeiro deve-se colocar o frasco com leite em geladeira e logo esquentá-lo em temperatura ambiente. O leite materno tem a mesma temperatura que o corpo. Para aquecer o leite coletado, não se deve colocá-lo diretamente ao fogo, nem usar água fervendo. Colocar o frasco que contém o leite, dentro de um outro contendo água morna (banho Maria) . O leite em recipiente fervido e tampado tem uma validade de 24 horas na geladeira (não na porta, mas no fundo da bandeja); 15 dias no congelador da geladeira ou no freezer. Todo leite coletado e doado ao Banco de Leite Humano é pasteurizado e, posteriormente, é feito um controle de qualidade. Esse leite destina-se às crianças prematuras e/ou doentes internadas nos hospitais.
Estimular a criança a arrotar após a mamada é muito importante, alguns bebês não arrotam logo após as mamadas. Arrotando ou não, quando o bebê for colocado no berço, deve-se deitá-lo do seu lado direito, pois evita a regurgitação. Assim se ele vier a arrotar, eliminará a bolha de ar e o excesso de leite, o que diminui o risco de aspiração, isto é, de o leite tomar caminho errado e ir para os pulmões.


FONTE bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Cartilha_cuidados_bebe_premat.

Dia de Corpus Christi


Tomografia computadorizada (TC) de crânio

           Tomografia computadorizada (TC) de crânio 


O que é o exame: método de imagem que utiliza raios-x para captação de imagens de estruturas crânio-encefálicas. O paciente deita sobre uma superfície e é movido para o interior de um tomógrafo.

Para que serve: o exame fornece informações mais detalhadas que radiografias regulares sobre traumatismos crânio-encefálicos, acidente vascular cerebral, tumores cerebrais ou outras doenças cerebrais. É usado para detectar: hemorragia, lesão cerebral e fraturas cranianas em casos de trauma craniano; hemorragia causada por ruptura de aneurisma em paciente com dor de cabeça súbita; coágulos ou sangramento de vaso cerebral em pacientes com sintomas de acidente vascular cerebral; tumores cerebrais; hidrocefalia (aumento dos ventrículos cerebrais onde circula o líquor); doenças ou malformações cranianas; malformações arteriovenosas; localização adequada para realização de biópsia do cérebro; dentre outros.
Riscos: a TC não é recomendada em gestantes pelos riscos de exposição aos raios-x. Pessoas com alergia ao contraste (geralmente iodado) podem ter náuseas, espirros, vômitos, coceira, urticária ou, raramente, anafilaxia. Crianças devem ser submetidas a TC de crânio apenas se for essencial para seu diagnóstico e devem repetir o exame somente se absolutamente necessário.

   Fonte:- PAUL, Lester W.; JUHL, John H; CRUMMY, Andrew B; KUHLMAN, Janet E. Interpretação radiológica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2000. 1186 p.
- Radiological Society of North America, Inc. (RSNA)

                                     Tomógrafo

ECOTRANSFONTANELA


 ECOTRANSFONTANELA 

   A ultrassonografia transfontanela é um exame simples de ultrassonografia realizado através da fontanela (moleira) anterior do bebê. Podemos visualizar algumas estruturas cerebrais e diagnosticar problemas como hemorragia intraventricular, hidrocefalia, cistos aracnóides, alterações no corpo caloso e alterações de fluxo de alguns vasos sanguíneos cerebrais, se o doppler for usado. No caso de forte suspeita clínica de alguma alteração não captada pelo método, ou se o método captou de forma insatisfatória alguma alteração, outros exames de imagem podem ser necessários, visto que o exame possui limitações em relação à tomografia computadorizada e, principalmente, à ressonância nuclear magnética para avaliação do encéfalo.

+info: http://www.doctoralia.com.br/provamedica/ultrasssom+transfontanela-25707/pergunta/para-que-serve-o-ultrasom-da-transfontanela-211449
A ultrassonografia transfontanela é um exame simples de ultrassonografia realizado através da fontanela (moleira) anterior do bebê. Podemos visualizar algumas estruturas cerebrais e diagnosticar problemas como hemorragia intraventricular, hidrocefalia, cistos aracnóides, alterações no corpo caloso e alterações de fluxo de alguns vasos sanguíneos cerebrais, se o doppler for usado. No caso de forte suspeita clínica de alguma alteração não captada pelo método, ou se o método captou de forma insatisfatória alguma alteração, outros exames de imagem podem ser necessários, visto que o exame possui limitações em relação à tomografia computadorizada e, principalmente, à ressonância nuclear magnética para avaliação do encéfalo.

+info: http://www.doctoralia.com.br/provamedica/ultrasssom+transfontanela-25707/pergunta/para-que-serve-o-ultrasom-da-transfontanela-211449
A ultrassonografia transfontanela é um exame simples de ultrassonografia realizado através da fontanela (moleira) anterior do bebê. Podemos visualizar algumas estruturas cerebrais e diagnosticar problemas como hemorragia intraventricular, hidrocefalia, cistos aracnóides, alterações no corpo caloso e alterações de fluxo de alguns vasos sanguíneos cerebrais, se o doppler for usado. No caso de forte suspeita clínica de alguma alteração não captada pelo método, ou se o método captou de forma insatisfatória alguma alteração, outros exames de imagem podem ser necessários, visto que o exame possui limitações em relação à tomografia computadorizada e, principalmente, à ressonância nuclear magnética para avaliação do encéfalo.

+info: http://www.doctoralia.com.br/provamedica/ultrasssom+transfontanela-25707/pergunta/para-que-serve-o-ultrasom-da-transfontanela-211449
A ultrassonografia transfontanela é um exame simples de ultrassonografia realizado através da fontanela (moleira) anterior do bebê. Podemos visualizar algumas estruturas cerebrais e diagnosticar problemas como hemorragia intraventricular, hidrocefalia, cistos aracnóides, alterações no corpo caloso e alterações de fluxo de alguns vasos sanguíneos cerebrais, se o doppler for usado. No caso de forte suspeita clínica de alguma alteração não captada pelo método, ou se o método captou de forma insatisfatória alguma alteração, outros exames de imagem podem ser necessários, visto que o exame possui limitações em relação à tomografia computadorizada e, principalmente, à ressonância nuclear magnética para avaliação do encéfalo.

+info: http://www.doctoralia.com.br/provamedica/ultrasssom+transfontanela-25707/pergunta/para-que-serve-o-ultrasom-da-transfontanela-211449

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Hidrocefalia

Hidrocefalia é um acúmulo excessivo do Líquido Cefalorraquidiano (LCR). Esse líquido envolve o cérebro e a medula espinhal, agindo como um amortecedor de choques e protegendo os tecidos delicados dessa região. Também mantém o equilíbrio adequado de nutrientes ao redor do sistema nervoso central. Quando o líquido se acumula, provoca o aumento da pressão intracraniana e comprime o cérebro. 
Esse acúmulo ocorre por três motivos: obstrução, que pode ocorrer dentro ou fora dos ventrículos cerebrais; produção excessiva do líquido, provocada por tumores, por exemplo; ou por dificuldade de absorver o líquido na corrente sanguínea. As causas podem ser congênitas, geradas por fatores genéticos associados à malformação do sistema nervoso central. O mais comum é haver um estreitamento do canal por onde passa o líquido entre o terceiro e o quarto ventrículos – denominado pelos médicos de estenose do aqueduto de Sylvius. Este representa 70% dos casos de origem congênita.
A hidrocefalia congênita também pode ser provocada quando a gestante ingere drogas (como LSD e cocaína) ou é portadora de doenças infecciosas, como rubéola, sífilis, citomegalovírus e toxoplasmose. Toda hidrocefalia de caráter congênito pode se manifestar até o primeiro ano de vida. Por isso, é importante sempre medir o perímetro cefálico do bebê. Além das causas congênitas, existem as adquiridas pela criança após o nascimento. A mais comum é resultado das complicações da meningite. Os tumores, a neurocisticercose e o traumatismo craniano também podem provocá-la. 

Como perceber 

A hidrocefalia pode aparecer no decorrer da vida de qualquer pessoa. Mas, em 60% dos casos, surge na infância. Os principais sinais são o crescimento exagerado da cabeça até os 2 anos, a moleira abaulada e as veias da cabeça dilatadas. Outros sintomas são os olhos voltados para baixo, chamado sinal do sol poente, e dificuldades no desenvolvimento. Em crianças maiores, as queixas são dores de cabeça, acompanhadas de vômitos, irritabilidade, sonolência e visão dupla. Quando não tratada, a hidrocefalia pode levar até a morte.
Estima-se que, por ano, 140 mil pacientes façam tratamento para hidrocefalia no mundo. 

Houve uma época em que somente a válvula era utilizada. Hoje existem outros métodos. Quando a obstrução não é dentro dos ventrículos, os médicos podem drenar o líquido, desviando seu curso para outras cavidades, como o coração e o abdome, usando o que os especialistas chamam de sistema de derivação, formado por cateter, válvula e reservatório. Se a obstrução é dentro dos ventrículos, é feita uma abertura neles com uma microcirurgia moderna, a neuroendoscopia. Quando há um tumor ou cisto, eles podem ser removidos também com esse procedimento, que resolve cerca de 50% a 60% das hidrocefalias.
A técnica mais avançada é o tratamento intra-útero. Com o exame de ultrassom é possível fazer o diagnóstico a partir da 16ª semana e, na 24ª semana, uma cirurgia no feto, ainda dentro da barriga da mãe. Os médicos realizam punções do ventrículo do bebê para tirar o excesso de líquido ou instalam um cateter que desvia o LCR para o líquido amniótico. Quando o bebê nasce, tira-se o cateter e coloca-se o sistema de derivação, que manda o líquido para o abdome ou para o coração. Se a mãe está na 32ª semana de gestação, o parto pode ser antecipado para que seja colocado no recém-nascido a derivação ou feita a neuroendoscopia. O tratamento intra-útero só é indicado para casos que não sejam provocados por alterações cromossômicas ou doenças infecciosas, pois nessas situações pode ocorrer a destruição da massa encefálica e não há aumento de pressão. No Brasil existem relatos de 70 casos realizados e 70% deles tiveram excelentes resultados. 


Válvula inteligente 

Um dos maiores traumas para a criança com hidrocefalia é trocar o sistema de derivação. Quem tem hidrocefalia passa por cinco cirurgias durante a vida, em média. Elas são feitas para corrigir problemas do próprio sistema, como o desajuste de pressão da válvula, por exemplo. Há cinco anos, está disponível no Brasil uma válvula que pode ser programada fora do corpo. Seu nome é Hakim e significa um alívio para os doentes. Segundo Aylton de Oliveira Júnior, gerente de produto da América Latina, da Johnson, fabricante da Hakim, boa parte dos planos de saúde cobre os custos. O SUS ainda não.  

quarta-feira, 27 de maio de 2015

HEMORRAGIA INTRACRANIANA PERI- INTRAVENTRICULAR

            Hemorragia intracraniana peri-intraventricular


      

 A hemorragia dentro ou ao redor do cérebro ocorre principalmente em recém-nascidos prematuros, e é atribuída diretamente a imaturidade das estruturas cerebrais, especialmente nas zonas onde ocorre a proliferação celular e vascular do cérebro (matriz germinal). A hemorragia intracraniana (HIC) ocorre em 20% a 40% de recém-nascidos com peso abaixo de 1500g ao nascer. Ela pode ocorrer.

1) na região extracerebral dentro dos espaços epidural,subdural ou subaracnóide;

2) nos parênquimas cerebrais e no cerebelo; ou

3) nos ventrículos cerebrais,matriz germinal subependimária, ou plexo coróide
.

     A hemorragia peri-intraventricular (HPIV) é a variedade mais frequente de HIC neonatal. Ela representa um grande problema em recém-nascidos prematuros, dada sua frequência, gravidade e prognóstico.
     Estudos têm mostrado uma frequência de 13 a 29,8% em recém-nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional (IG) e de até 44,68% dentre todos os prematuros.
     A HPIV ocorre particularmente em recém-nascidos prematuros, pois esses pacientes possuem a matriz germinativa subependimária (um tecido imaturo composto por células germinativas, localizado na região subependimária dos ventrículos laterais). Esse tecido é ricamente vascularizado e seus vasos são de finas paredes, estando sujeitos à lesão por alterações no fluxo sanguíneo cerebral. O sangramento pode ficar restrito a essa região, ou romper a parede ependimaria e cair no ventrículo lateral.  A matriz germinativa subependimária não é encontrada em recém-nascidos a termo, pois as células germinativas que a compõem migram para regiões mais superficiais do encéfalo coma maturação do feto.


                                                      Fatores de risco



  Vários fatores de risco são associados à HPIV, como baixa IG, baixo peso de nascimento, falta de administração pré-natal de corticoides, via de parto vaginal, baixo índice de Apgar de primeiro e quinto minuto, necessidade de ventilação mecânica, administração de derivados sanguíneos, presença de sépsis neonatal, hipotensão, apneia, pneumotórax, doença da membrana hialina, persistência do canal arterial, uso de dopamina, surfactante, altos números 
de aspiração endotraqueal, entre outros.
    
                                    Diagnóstico

      
Na maioria dos casos, a HPIV ocorre nos primeiros dias de vida do recém-nascido, e o quadro clínico depende da gravidade da hemorragia.  O método diagnóstico mais utilizado tem sido a ultrassonografia transfontanelar, mostrando-se efetiva para o diagnóstico e seguimento desses pacientes. Como vantagens, destacam-se a facilidade de manuseio e de avaliação, a mobilidade do aparelho e ser método não-invasivo




fontet: http://prematuridade.com/exames-medicos/hemorragia-intracraniana-peri-intraventricular.html#sthash.IP7gqs6M.dpufeeeee



quinta-feira, 21 de maio de 2015

Amamentação e Doação de Leite Humano


Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um Banco de Leite Humano.
De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil(RDC Nº 171) a doadora, além de  apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente.
Se você quer doar seu leite entre em contato com um Banco de Leite Humano.

- Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese;
- Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem.
- Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura);
- Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo;
- Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue;
- Você poderá usar quando estiver seco.
O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias.
Ao retirar o leite é importante que você siga algumas recomendações que fazem parte da garantia de qualidade do leite humano distribuído aos bebês hospitalizados:

1-         Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais;
2-         Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
3-         Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca;
4-         Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa.

Como retirar o leite humano (ordenhar)?

Comece fazendo massagem suave e circular nas mamas.


É ideal que o leite seja retirado de forma manual:

- Primeiro coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola (parte escura da mama).
- Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo.
- Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair.
- Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco.
Se você estiver com dificuldade de retirar seu leite, procure apoio no Banco de Leite Humano mais próximo de você.

O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer.
Na próxima vez que for retirar o leite, utilize outro recipiente esterilizado e ao terminar acrescente este leite no frasco que está no freezer ou congelador.

O leite pode ficar armazenado congelado por até 15 dias.

O leite humano doado, após passar por processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebes  internados em unidades neonatais.


Como se preparar para amamentar?
A mulher se prepara para a amamentar ao mesmo tempo em que ela se prepara para a maternidade. A amamentação é um dos cuidados importantes para a mulher-mãe e seu bebê.
É muito importante que a mulher busque informações e também converse sobre amamentação com outras mulheres, com profissionais especializados em aleitamento materno e outras pessoas. Ela deve ficar atenta porque a experiência com a amamentação costuma ser diferente entre as mulheres, algumas passam por dificuldades iniciais, enquanto outras não encontram problemas.
A amamentação é muito influenciada pela condição emocional da mulher e pela sociedade em que ela vive. Por isso, o apoio do companheiro, da família, dos profissionais de saúde, enfim, de toda a sociedade é fundamental para que a amamentação ocorra sem complicações.
Todos devem se informar e tirar as dúvidas antes e durante a amamentação.
Durante a gestação a natureza prepara o seio para a amamentação. Ocorrem modificações naturais (fisiológicas) no organismo da mulher desde a gestação, preparando para a fase da amamentação: as mamas ficam maiores, as aréolas (parte escura da mama) tornam-se mais escuras e resistentes pela ação dos hormônios.
Se for possível exponha o seio ao sol da manhã (até 10 h) por 15 minutos e use sutiã confortável, preferindo o de algodão.
Não faça pressão sobre a mama para verificar se está saindo leite. Não utilize cremes e pomadas na parte escura da mama (aréola e mamilo).

O Leite Humano

É a alimentação ideal para todas as crianças.
O leite humano por sua composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros 2 anos de vida. É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado pelo organismo infantil.
Ele possui componentes e mecanismos capazes de proteger a criança de várias doenças.
É um simbiótico: uma fonte natural de lactobacilos, bífidobactérias e oligossacarídeos.

Nenhum outro alimento oferece as características imunológicas do leite humano.
A mãe fornece ao filho componentes protetores, através da placenta e do seu leite, enquanto o sistema de defesa do bebê amadurece.
A amamentação favorece o vínculo mãe-filho e facilita o desenvolvimento emocional, cognitivo e do sistema nervoso.
O leite humano é um alimento inimitável devido a sua complexa composição e o único que pode ser oferecido direto de mãe para filho.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida e que, a partir de então, a amamentação seja mantida por dois anos ou mais, juntamente com o uso de alimentos complementares adequados.

A Primeira Mamada:
Momento de afeto entre a mãe e o bebê que os ajuda a alcançarem a amamentação ótima.

É indicado que ainda na sala de parto, nos primeiros minutos das primeiras horas de vida, aconteça a primeira ida ao seio materno. É nesse momento com o contato pele a pele, o toque suave do corpo do bebê sobre o da mãe e em especial sobre o peito, estimulam na mulher a liberação de um hormônio (ocitocina) começando assim a descida do leite e também a contração uterina.
O leite nos primeiros dias pós-parto é chamado de colostro. Nele os fatores que protegem contra doenças estão em grande quantidade, funcionando como a primeira vacina para o bebê.

O bebê tem hora certa para mamar?
Nos primeiros dias o bebê mama frequentemente. O intervalo entre as mamadas costuma ser curto e irregular, porque o bebê está se adaptando e ainda suga lentamente.
Com a continuação da amamentação, o bebê começa a sugar com maior eficiência, retirando maior volume de leite. Isso fará com que o bebê fique satisfeito por mais tempo e, consequentemente, o intervalo entre mamadas será maior, seguindo o ritmo de cada criança. Porque cada uma tem o seu próprio ritmo e por isso não devemos marcar o tempo de duração da mamada.
Aos poucos a mulher vai conhecendo o seu bebê e percebendo o seu ritmo. Algumas crianças mamam das duas mamas a cada refeição, outras ficam satisfeitas mamando somente de uma.

Então, podemos dizer que a amamentação deve ser em livre demanda.
 quando a amamentação segue o ritmo do bebê, sem se preocupar em seguir horário e duração pré-determinados.
O bebê é quem marca o tempo da mamada. Então, cada mamada termina quando o bebê para espontaneamente de mamar e solta o seio materno.
É muito importante que o bebê esvazie uma das mamas porque o leite do final da mamada contém maior quantidade de gordura, fazendo o bebê ganhar peso e ficar satisfeito.
Assim, em cada mamada o bebê pode sugar somente um dos seios e ficar satisfeito ou pode precisar sugar o outro seio também.
Quando a mamada começa, o leite é rico em proteína, lactose, vitamina, minerais, água e muitos fatores de proteção. No final da mamada o leite contém mais gordura e por isso fornece mais energia e permite que o bebê fique satisfeito
Por este motivo é importante que a mamada não seja interrompida, caso contrário o bebê pode mamar pouco do leite do final.
Quando a mulher produz muito leite, pode acontecer de o bebê não conseguir mamar o leite com mais gordura e isso influencia no seu ganho de peso. Neste caso a mulher deve retirar um pouco do leite antes da mamada, possibilitando que seu bebê receba também o leite mais gordo, com mais energia e se desenvolva satisfatoriamente.
A mulher não deve deixar a mama muito cheia de leite (ingurgitadas) porque o leite parado dentro da mama pode “empedrar”. Sempre que a mulher perceber os seios pesados, doloridos ou com nódulos endurecidos, é necessário fazer massagem e retirar o leite, evitando a dor e o desconforto que o ingurgitamento costuma provocar.
Quando ocorre o ingurgitamento?
As mamas podem ficar endurecidas em torno do quarto dia pós-parto. É quando o leite desce em volume maior e o bebê não dá conta de mamar todo o leite produzido. É uma situação que perdura alguns dias onde a oferta (produção de leite) é maior do que a procura (necessidade do bebê) até que seja regularizada.
Nesse momento a mulher deve fazer massagem e retirar o excesso de leite, podendo doar o leite para o Banco de Leite Humano mais próximo de sua residência.
Durante o período de amamentação, quando houver aumento da produção de leite ou quando o bebê mamar menos do que o habitual pode ocorrer acúmulo de leite nas mamas. Por isso, é aconselhável que a mulher realize massagem e retire o leite sempre que perceber que a mama está ficando muito cheia e endurecida.
Sempre que a mulher não conseguir fazer a massagem e retirar o seu leite, ela precisa procurar ajuda em um Banco de Leite Humano, Salas de Amamentação, Unidades Básicas de Saúde ou com um profissional (médico, enfermeiro, fonoaudiólogo, nutricionista, etc.) capacitado para essa ajuda.


Como segurar o bebê para amamentar?
Na amamentação é muito importante a forma que o bebê suga o peito, a pega (como chamamos) deve ser na aréola e não no mamilo (bico do peito). Por isso o tamanho ou forma do mamilo não tem influência e quando a pega é feita com o bebê abocanhando a aréola, o leite sai com facilidade.
O bebê precisa ficar de frente para ela (isto é, a barriga do bebê de frente para barriga da mãe) e também bem próximo ao peito. Para ficar próximo a mãe deve abraçar seu filho, envolve-lo com seus braços e sustenta-lo em seu colo e não em suas pernas.

Então, para facilitar ambos, mãe e filho, indicamos que seja colocado um travesseiro em cima das pernas da mãe onde ela poderá apoiar seu braço e ao mesmo tempo manter seu bebê ao colo e mamando,
 tanto a mulher quanto o bebê podem variar suas posições, mas é necessário que em qualquer posição o bebê esteja de frente para sua mãe (a barriga do bebê de frente para barriga da mãe), para favorecer que ele tenha uma pega correta.

A mulher pode estar sentada ou deitada.
A criança pode estar na posição mais tradicional ou em posição invertida.
Pode estar sentada em cavalinho ou deitada na cama com sua mãe.

O importante é que estejam confortáveis.

Como o leite humano é produzido?
Logo após o nascimento do bebê as mamas podem parecer vazias, mas estão produzindo o volume de leite que o bebê necessita. Após alguns dias, as mamas começam a ficar mais cheias, podendo ser necessário que a mulher retire um pouco do leite que está sobrando na mama.
Em geral, após as primeiras semanas, apesar de continuar a produzir o leite suficiente para o bebê, as mamas parecem menos cheias e ficam mais macias, parecidas como eram antes da gestação. Isto faz com que as mulheres pensem que não estão mais produzindo leite suficiente.
Mas estão produzindo sim. Nessa fase funciona a “lei da oferta e procura”: o leite é produzido de acordo com o que o bebê mama e a cada mamada.


Existe leite fraco?
Não. Toda mulher produz o leite adequado para o seu filho.

Fonte: http://www.redeblh.fiocruz.br/

Leite Humano


quarta-feira, 20 de maio de 2015

TESTE DO CORAÇÃOZINHO


Procedimento simples e indolor é capaz de diagnosticar cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos

Simples e indolor. A aferição da oximetria de pulso, mais conhecida como teste do coraçãozinho, é mais um procedimento que deve ser oferecido pelo Hospital para detectar precocemente cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos.
Aproximadamente uma ou duas em cada mil crianças recém-nascidas vivas apresentam cardiopatias congênitas críticas - ou seja, que podem levar ao óbito caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente. Destas, cerca de 30% recebem alta da maternidade sem diagnóstico.
“Várias cardiopatias congênitas podem ser diagnosticadas com um ecocardiograma fetal, mas sabemos que a grande maioria da população não tem acesso ao exame e muitos pacientes passam despercebidos”, afirma o Dr. Gustavo Foronda, cardiologista infantil do Hospital Israelita Albert Einstein.
O custo, a logística e a própria falta de hábito dos médicos pedirem o ecocardiograma fetal justificam a dificuldade de aplicá-lo em todas as pacientes. “O custo de toda a estrutura para realização do exame como rotina gestacional dificulta sua realização. Além disso temos que conscientizar todos os envolvidos, do obstetra a própria gestante, da importância do exame”, diz o cardiologista do Einstein.
Para evitar que as crianças com problemas cardíacos graves deixem o hospital sem um diagnóstico, o teste do coraçãozinho é apontado como uma alternativa. No teste, um sensor é aplicado na pele do paciente (procedimento indolor) para aferir a oxigenação dos membros superiores e inferiores. “Se registramos uma medida de oximetria menor que 95% em qualquer membro ou uma diferença de três pontos percentuais entre os membros superiores e inferiores devemos suspeitar de uma cardiopatia crítica.” Em caso de suspeita, um ecocardiograma deve ser solicitado.
Quando o teste deve ser feito?
O teste do coraçãozinho deve ser realizado entre 24 e 48h após o nascimento. “No primeiro dia de vida, várias alterações adaptativas próprias do recém-nascido podem atrapalhar o resultado. Após as primeiras 24h e até o segundo dia de vida, o risco de erro relacionado a essas alterações baixam de forma significativa e ainda estamos num período segurança para o diagnóstico das cardiopatias críticas”, diz Foronda.

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein

Algumas dúvidas comuns

O que é o Teste do Coraçãozinho?
Trata-se de um teste que deve ser realizado no recém-nascido ainda na maternidade, após as primeiras 24 horas de vida e antes da alta hospitalar para rastreio de cardiopatias congênitas críticas. Consiste na medição da saturação (níveis de oxigênio no sangue) do bebê, através da utilização de um aparelho denominado "oxímetro".


Como é feito o “Teste do coraçãozinho” ou “Teste de Oximetria de Pulso”? 
A monitorização da oximetria de pulso utiliza uma fonte de luz e sensor (oxímetro ) para medir o oxigênio no sangue. Um sensor macio é enrolado à volta da mão direita (pré ductal) e posteriormente à volta do pé do bebê (pós ductal). A luz que passa através da pele mede a quantidade de oxigênio no sangue. O teste é rápido (3-5 minutos) e indolor. 

Por que é importante testar os bebês para descartar defeitos do coração? 
Se não forem detectadas, algumas cardiopatias congênitas podem causar problemas graves ou mesmo levar à morte. O diagnóstico e o tratamento precoces, são fundamentais para preservar a vida dos bebês que nascem com essa condição. 

Por que verificar o nível de oxigênio no sangue com oxímetro de pulso? 
O nível de saturação de oxigênio baixos (abaixo de 95% ou com uma diferença maior que 2% entre os membros superiores e inferiores) podem indicar a presença de uma malformação cardíaca. 

Quais são os benefícios do rastreio? 
Os bebês são menos propensos a terem alta com problemas cardíacos não identificados, alguns dos quais podem causar situações de emergência ou mesmo morte. Se forem identificados nas primeiras 24-48 horas de vida, ainda na maternidade, o tratamento do bebê poderá ser iniciado ainda no hospital onde as equipes médicas estão disponíveis para diagnóstico e encaminhamento/tratamento das cardiopatias congênitas. 

O teste pode detectar todos os tipos de defeitos cardíacos? 
Nenhuma ferramenta de diagnóstico atual pode detectar 100% das cardiopatias congênitas existentes, mas a oximetria de pulso poderá rastrear defeitos cardíacos mais graves (aqueles associados com um baixo nível de oxigênio no sangue), que são as chamadas "cardiopatia congênitas cianogênicas". Portanto, o teste não detecta aqueles casos menos graves, que não estão associados com um baixo nível de oxigenação (saturação). 

O que fazer caso seja detectado um baixo nível de saturação durante a realização da oximetria de pulso (abaixo de 95%)? 
O teste de oximetria de pulso deve ser feito novamente. Se o nível ainda estiver abaixo do esperado, em seguida, um ecocardiograma (uma espécie de ultrassom do coração) deve ser feito e um cardiologista pediátrico deve ser chamado para avaliar a criança.

Fonte: Pequenos corações