quarta-feira, 27 de maio de 2015

HEMORRAGIA INTRACRANIANA PERI- INTRAVENTRICULAR

            Hemorragia intracraniana peri-intraventricular


      

 A hemorragia dentro ou ao redor do cérebro ocorre principalmente em recém-nascidos prematuros, e é atribuída diretamente a imaturidade das estruturas cerebrais, especialmente nas zonas onde ocorre a proliferação celular e vascular do cérebro (matriz germinal). A hemorragia intracraniana (HIC) ocorre em 20% a 40% de recém-nascidos com peso abaixo de 1500g ao nascer. Ela pode ocorrer.

1) na região extracerebral dentro dos espaços epidural,subdural ou subaracnóide;

2) nos parênquimas cerebrais e no cerebelo; ou

3) nos ventrículos cerebrais,matriz germinal subependimária, ou plexo coróide
.

     A hemorragia peri-intraventricular (HPIV) é a variedade mais frequente de HIC neonatal. Ela representa um grande problema em recém-nascidos prematuros, dada sua frequência, gravidade e prognóstico.
     Estudos têm mostrado uma frequência de 13 a 29,8% em recém-nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional (IG) e de até 44,68% dentre todos os prematuros.
     A HPIV ocorre particularmente em recém-nascidos prematuros, pois esses pacientes possuem a matriz germinativa subependimária (um tecido imaturo composto por células germinativas, localizado na região subependimária dos ventrículos laterais). Esse tecido é ricamente vascularizado e seus vasos são de finas paredes, estando sujeitos à lesão por alterações no fluxo sanguíneo cerebral. O sangramento pode ficar restrito a essa região, ou romper a parede ependimaria e cair no ventrículo lateral.  A matriz germinativa subependimária não é encontrada em recém-nascidos a termo, pois as células germinativas que a compõem migram para regiões mais superficiais do encéfalo coma maturação do feto.


                                                      Fatores de risco



  Vários fatores de risco são associados à HPIV, como baixa IG, baixo peso de nascimento, falta de administração pré-natal de corticoides, via de parto vaginal, baixo índice de Apgar de primeiro e quinto minuto, necessidade de ventilação mecânica, administração de derivados sanguíneos, presença de sépsis neonatal, hipotensão, apneia, pneumotórax, doença da membrana hialina, persistência do canal arterial, uso de dopamina, surfactante, altos números 
de aspiração endotraqueal, entre outros.
    
                                    Diagnóstico

      
Na maioria dos casos, a HPIV ocorre nos primeiros dias de vida do recém-nascido, e o quadro clínico depende da gravidade da hemorragia.  O método diagnóstico mais utilizado tem sido a ultrassonografia transfontanelar, mostrando-se efetiva para o diagnóstico e seguimento desses pacientes. Como vantagens, destacam-se a facilidade de manuseio e de avaliação, a mobilidade do aparelho e ser método não-invasivo




fontet: http://prematuridade.com/exames-medicos/hemorragia-intracraniana-peri-intraventricular.html#sthash.IP7gqs6M.dpufeeeee



quinta-feira, 21 de maio de 2015

Amamentação e Doação de Leite Humano


Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um Banco de Leite Humano.
De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil(RDC Nº 171) a doadora, além de  apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente.
Se você quer doar seu leite entre em contato com um Banco de Leite Humano.

- Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese;
- Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem.
- Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura);
- Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo;
- Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue;
- Você poderá usar quando estiver seco.
O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias.
Ao retirar o leite é importante que você siga algumas recomendações que fazem parte da garantia de qualidade do leite humano distribuído aos bebês hospitalizados:

1-         Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais;
2-         Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
3-         Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca;
4-         Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa.

Como retirar o leite humano (ordenhar)?

Comece fazendo massagem suave e circular nas mamas.


É ideal que o leite seja retirado de forma manual:

- Primeiro coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola (parte escura da mama).
- Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo.
- Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair.
- Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco.
Se você estiver com dificuldade de retirar seu leite, procure apoio no Banco de Leite Humano mais próximo de você.

O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer.
Na próxima vez que for retirar o leite, utilize outro recipiente esterilizado e ao terminar acrescente este leite no frasco que está no freezer ou congelador.

O leite pode ficar armazenado congelado por até 15 dias.

O leite humano doado, após passar por processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebes  internados em unidades neonatais.


Como se preparar para amamentar?
A mulher se prepara para a amamentar ao mesmo tempo em que ela se prepara para a maternidade. A amamentação é um dos cuidados importantes para a mulher-mãe e seu bebê.
É muito importante que a mulher busque informações e também converse sobre amamentação com outras mulheres, com profissionais especializados em aleitamento materno e outras pessoas. Ela deve ficar atenta porque a experiência com a amamentação costuma ser diferente entre as mulheres, algumas passam por dificuldades iniciais, enquanto outras não encontram problemas.
A amamentação é muito influenciada pela condição emocional da mulher e pela sociedade em que ela vive. Por isso, o apoio do companheiro, da família, dos profissionais de saúde, enfim, de toda a sociedade é fundamental para que a amamentação ocorra sem complicações.
Todos devem se informar e tirar as dúvidas antes e durante a amamentação.
Durante a gestação a natureza prepara o seio para a amamentação. Ocorrem modificações naturais (fisiológicas) no organismo da mulher desde a gestação, preparando para a fase da amamentação: as mamas ficam maiores, as aréolas (parte escura da mama) tornam-se mais escuras e resistentes pela ação dos hormônios.
Se for possível exponha o seio ao sol da manhã (até 10 h) por 15 minutos e use sutiã confortável, preferindo o de algodão.
Não faça pressão sobre a mama para verificar se está saindo leite. Não utilize cremes e pomadas na parte escura da mama (aréola e mamilo).

O Leite Humano

É a alimentação ideal para todas as crianças.
O leite humano por sua composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros 2 anos de vida. É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado pelo organismo infantil.
Ele possui componentes e mecanismos capazes de proteger a criança de várias doenças.
É um simbiótico: uma fonte natural de lactobacilos, bífidobactérias e oligossacarídeos.

Nenhum outro alimento oferece as características imunológicas do leite humano.
A mãe fornece ao filho componentes protetores, através da placenta e do seu leite, enquanto o sistema de defesa do bebê amadurece.
A amamentação favorece o vínculo mãe-filho e facilita o desenvolvimento emocional, cognitivo e do sistema nervoso.
O leite humano é um alimento inimitável devido a sua complexa composição e o único que pode ser oferecido direto de mãe para filho.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida e que, a partir de então, a amamentação seja mantida por dois anos ou mais, juntamente com o uso de alimentos complementares adequados.

A Primeira Mamada:
Momento de afeto entre a mãe e o bebê que os ajuda a alcançarem a amamentação ótima.

É indicado que ainda na sala de parto, nos primeiros minutos das primeiras horas de vida, aconteça a primeira ida ao seio materno. É nesse momento com o contato pele a pele, o toque suave do corpo do bebê sobre o da mãe e em especial sobre o peito, estimulam na mulher a liberação de um hormônio (ocitocina) começando assim a descida do leite e também a contração uterina.
O leite nos primeiros dias pós-parto é chamado de colostro. Nele os fatores que protegem contra doenças estão em grande quantidade, funcionando como a primeira vacina para o bebê.

O bebê tem hora certa para mamar?
Nos primeiros dias o bebê mama frequentemente. O intervalo entre as mamadas costuma ser curto e irregular, porque o bebê está se adaptando e ainda suga lentamente.
Com a continuação da amamentação, o bebê começa a sugar com maior eficiência, retirando maior volume de leite. Isso fará com que o bebê fique satisfeito por mais tempo e, consequentemente, o intervalo entre mamadas será maior, seguindo o ritmo de cada criança. Porque cada uma tem o seu próprio ritmo e por isso não devemos marcar o tempo de duração da mamada.
Aos poucos a mulher vai conhecendo o seu bebê e percebendo o seu ritmo. Algumas crianças mamam das duas mamas a cada refeição, outras ficam satisfeitas mamando somente de uma.

Então, podemos dizer que a amamentação deve ser em livre demanda.
 quando a amamentação segue o ritmo do bebê, sem se preocupar em seguir horário e duração pré-determinados.
O bebê é quem marca o tempo da mamada. Então, cada mamada termina quando o bebê para espontaneamente de mamar e solta o seio materno.
É muito importante que o bebê esvazie uma das mamas porque o leite do final da mamada contém maior quantidade de gordura, fazendo o bebê ganhar peso e ficar satisfeito.
Assim, em cada mamada o bebê pode sugar somente um dos seios e ficar satisfeito ou pode precisar sugar o outro seio também.
Quando a mamada começa, o leite é rico em proteína, lactose, vitamina, minerais, água e muitos fatores de proteção. No final da mamada o leite contém mais gordura e por isso fornece mais energia e permite que o bebê fique satisfeito
Por este motivo é importante que a mamada não seja interrompida, caso contrário o bebê pode mamar pouco do leite do final.
Quando a mulher produz muito leite, pode acontecer de o bebê não conseguir mamar o leite com mais gordura e isso influencia no seu ganho de peso. Neste caso a mulher deve retirar um pouco do leite antes da mamada, possibilitando que seu bebê receba também o leite mais gordo, com mais energia e se desenvolva satisfatoriamente.
A mulher não deve deixar a mama muito cheia de leite (ingurgitadas) porque o leite parado dentro da mama pode “empedrar”. Sempre que a mulher perceber os seios pesados, doloridos ou com nódulos endurecidos, é necessário fazer massagem e retirar o leite, evitando a dor e o desconforto que o ingurgitamento costuma provocar.
Quando ocorre o ingurgitamento?
As mamas podem ficar endurecidas em torno do quarto dia pós-parto. É quando o leite desce em volume maior e o bebê não dá conta de mamar todo o leite produzido. É uma situação que perdura alguns dias onde a oferta (produção de leite) é maior do que a procura (necessidade do bebê) até que seja regularizada.
Nesse momento a mulher deve fazer massagem e retirar o excesso de leite, podendo doar o leite para o Banco de Leite Humano mais próximo de sua residência.
Durante o período de amamentação, quando houver aumento da produção de leite ou quando o bebê mamar menos do que o habitual pode ocorrer acúmulo de leite nas mamas. Por isso, é aconselhável que a mulher realize massagem e retire o leite sempre que perceber que a mama está ficando muito cheia e endurecida.
Sempre que a mulher não conseguir fazer a massagem e retirar o seu leite, ela precisa procurar ajuda em um Banco de Leite Humano, Salas de Amamentação, Unidades Básicas de Saúde ou com um profissional (médico, enfermeiro, fonoaudiólogo, nutricionista, etc.) capacitado para essa ajuda.


Como segurar o bebê para amamentar?
Na amamentação é muito importante a forma que o bebê suga o peito, a pega (como chamamos) deve ser na aréola e não no mamilo (bico do peito). Por isso o tamanho ou forma do mamilo não tem influência e quando a pega é feita com o bebê abocanhando a aréola, o leite sai com facilidade.
O bebê precisa ficar de frente para ela (isto é, a barriga do bebê de frente para barriga da mãe) e também bem próximo ao peito. Para ficar próximo a mãe deve abraçar seu filho, envolve-lo com seus braços e sustenta-lo em seu colo e não em suas pernas.

Então, para facilitar ambos, mãe e filho, indicamos que seja colocado um travesseiro em cima das pernas da mãe onde ela poderá apoiar seu braço e ao mesmo tempo manter seu bebê ao colo e mamando,
 tanto a mulher quanto o bebê podem variar suas posições, mas é necessário que em qualquer posição o bebê esteja de frente para sua mãe (a barriga do bebê de frente para barriga da mãe), para favorecer que ele tenha uma pega correta.

A mulher pode estar sentada ou deitada.
A criança pode estar na posição mais tradicional ou em posição invertida.
Pode estar sentada em cavalinho ou deitada na cama com sua mãe.

O importante é que estejam confortáveis.

Como o leite humano é produzido?
Logo após o nascimento do bebê as mamas podem parecer vazias, mas estão produzindo o volume de leite que o bebê necessita. Após alguns dias, as mamas começam a ficar mais cheias, podendo ser necessário que a mulher retire um pouco do leite que está sobrando na mama.
Em geral, após as primeiras semanas, apesar de continuar a produzir o leite suficiente para o bebê, as mamas parecem menos cheias e ficam mais macias, parecidas como eram antes da gestação. Isto faz com que as mulheres pensem que não estão mais produzindo leite suficiente.
Mas estão produzindo sim. Nessa fase funciona a “lei da oferta e procura”: o leite é produzido de acordo com o que o bebê mama e a cada mamada.


Existe leite fraco?
Não. Toda mulher produz o leite adequado para o seu filho.

Fonte: http://www.redeblh.fiocruz.br/

Leite Humano


quarta-feira, 20 de maio de 2015

TESTE DO CORAÇÃOZINHO


Procedimento simples e indolor é capaz de diagnosticar cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos

Simples e indolor. A aferição da oximetria de pulso, mais conhecida como teste do coraçãozinho, é mais um procedimento que deve ser oferecido pelo Hospital para detectar precocemente cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos.
Aproximadamente uma ou duas em cada mil crianças recém-nascidas vivas apresentam cardiopatias congênitas críticas - ou seja, que podem levar ao óbito caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente. Destas, cerca de 30% recebem alta da maternidade sem diagnóstico.
“Várias cardiopatias congênitas podem ser diagnosticadas com um ecocardiograma fetal, mas sabemos que a grande maioria da população não tem acesso ao exame e muitos pacientes passam despercebidos”, afirma o Dr. Gustavo Foronda, cardiologista infantil do Hospital Israelita Albert Einstein.
O custo, a logística e a própria falta de hábito dos médicos pedirem o ecocardiograma fetal justificam a dificuldade de aplicá-lo em todas as pacientes. “O custo de toda a estrutura para realização do exame como rotina gestacional dificulta sua realização. Além disso temos que conscientizar todos os envolvidos, do obstetra a própria gestante, da importância do exame”, diz o cardiologista do Einstein.
Para evitar que as crianças com problemas cardíacos graves deixem o hospital sem um diagnóstico, o teste do coraçãozinho é apontado como uma alternativa. No teste, um sensor é aplicado na pele do paciente (procedimento indolor) para aferir a oxigenação dos membros superiores e inferiores. “Se registramos uma medida de oximetria menor que 95% em qualquer membro ou uma diferença de três pontos percentuais entre os membros superiores e inferiores devemos suspeitar de uma cardiopatia crítica.” Em caso de suspeita, um ecocardiograma deve ser solicitado.
Quando o teste deve ser feito?
O teste do coraçãozinho deve ser realizado entre 24 e 48h após o nascimento. “No primeiro dia de vida, várias alterações adaptativas próprias do recém-nascido podem atrapalhar o resultado. Após as primeiras 24h e até o segundo dia de vida, o risco de erro relacionado a essas alterações baixam de forma significativa e ainda estamos num período segurança para o diagnóstico das cardiopatias críticas”, diz Foronda.

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein

Algumas dúvidas comuns

O que é o Teste do Coraçãozinho?
Trata-se de um teste que deve ser realizado no recém-nascido ainda na maternidade, após as primeiras 24 horas de vida e antes da alta hospitalar para rastreio de cardiopatias congênitas críticas. Consiste na medição da saturação (níveis de oxigênio no sangue) do bebê, através da utilização de um aparelho denominado "oxímetro".


Como é feito o “Teste do coraçãozinho” ou “Teste de Oximetria de Pulso”? 
A monitorização da oximetria de pulso utiliza uma fonte de luz e sensor (oxímetro ) para medir o oxigênio no sangue. Um sensor macio é enrolado à volta da mão direita (pré ductal) e posteriormente à volta do pé do bebê (pós ductal). A luz que passa através da pele mede a quantidade de oxigênio no sangue. O teste é rápido (3-5 minutos) e indolor. 

Por que é importante testar os bebês para descartar defeitos do coração? 
Se não forem detectadas, algumas cardiopatias congênitas podem causar problemas graves ou mesmo levar à morte. O diagnóstico e o tratamento precoces, são fundamentais para preservar a vida dos bebês que nascem com essa condição. 

Por que verificar o nível de oxigênio no sangue com oxímetro de pulso? 
O nível de saturação de oxigênio baixos (abaixo de 95% ou com uma diferença maior que 2% entre os membros superiores e inferiores) podem indicar a presença de uma malformação cardíaca. 

Quais são os benefícios do rastreio? 
Os bebês são menos propensos a terem alta com problemas cardíacos não identificados, alguns dos quais podem causar situações de emergência ou mesmo morte. Se forem identificados nas primeiras 24-48 horas de vida, ainda na maternidade, o tratamento do bebê poderá ser iniciado ainda no hospital onde as equipes médicas estão disponíveis para diagnóstico e encaminhamento/tratamento das cardiopatias congênitas. 

O teste pode detectar todos os tipos de defeitos cardíacos? 
Nenhuma ferramenta de diagnóstico atual pode detectar 100% das cardiopatias congênitas existentes, mas a oximetria de pulso poderá rastrear defeitos cardíacos mais graves (aqueles associados com um baixo nível de oxigênio no sangue), que são as chamadas "cardiopatia congênitas cianogênicas". Portanto, o teste não detecta aqueles casos menos graves, que não estão associados com um baixo nível de oxigenação (saturação). 

O que fazer caso seja detectado um baixo nível de saturação durante a realização da oximetria de pulso (abaixo de 95%)? 
O teste de oximetria de pulso deve ser feito novamente. Se o nível ainda estiver abaixo do esperado, em seguida, um ecocardiograma (uma espécie de ultrassom do coração) deve ser feito e um cardiologista pediátrico deve ser chamado para avaliar a criança.

Fonte: Pequenos corações 

Profissionais que atuam na UTI NEONATAL


A Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais combina uma tecnologia muito avançada e diferenciada com profissionais de saúde treinados e especializados na prestação dos cuidados ao bebé prematuro ou doente. Fazem parte da equipe os neonatologistas (pediatras com treino especializado em recém-nascidos), ajudados por vezes por médicos internos de pediatria, as enfermeiras e auxiliares.
Para os problemas específicos de cada recém-nascido, muitos outros profissionais são chamados à UTIN como, por exemplo, cardiologistas, cirurgiões, neurologistas pediátricos,  fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, geneticistas, radiologistas, oftalmologistas, assistentes sociais ou psicólogos.
Os pais também são um elemento fundamental na equipe, a sua presença é sempre encorajada e apoiada e poderão ter uma atuação muito importante junto ao bebê e a gravidade da sua doença.
Abaixo, poderão encontrar uma lista de alguns dos profissionais de saúde relacionados convosco e com o vosso bebê prematuro.

• O Obstetra: O obstetra cuidou da mãe durante toda a gravidez e ajudou o vosso bebê a nascer. Por ter havido um parto prematuro, a recuperação da mãe poderá ser um pouco diferente da de um parto de gestação completa. Por esta razão, não tenha receio de contatá-lo e de lhe dar conhecimento de quaisquer alterações ou questões relacionadas com a condição física da mãe.

• O Neonatologista: Um Neonatologista é um médico pediatra que se especializou no tratamento, nas doenças e no desenvolvimento de recém-nascidos prematuros e de termo. 

• O Enfermeiro de Neonatologia: O enfermeiro da área neonatal recebeu treino específico para os cuidados intensivos a recém-nascidos prematuros e de termo. Trabalha de forma muito direta com os médicos, de modo a garantir que o vosso bebê receba todos os cuidados e tratamentos de que necessita e estará apto a responder a muitas das vossas perguntas acerca da UTIN e da condição do vosso bebê. 

• O Cardiologista: O cardiologista é um médico especializado em problemas do coração. Se o vosso bebê tem problemas cardíacos, o cardiologista irá recomendar uma monitorização especial, tratamentos ou, caso seja necessário, cirurgias para corrigir esses problemas.

• O Oftalmologista: O oftalmologista é um médico especializado na avaliação e tratamento de problemas oculares. Os bebês prematuros com problemas oculares, como a retinopatia da prematuridade, são tratados por um oftalmologista no que diz respeito a esta condição.

• O Fisioterapeuta: O fisioterapeuta possui treino especializado na avaliação e auxílio do tônus muscular e na identificação de problemas do bebê relacionados com o movimento. Recomendará quais as melhores posições em que o vosso bebê deve ser deitado e demonstrar-vos-á a melhor maneira de lidar com um bebê enquanto o seu tônus muscular e o seu sistema nervoso se desenvolvem. 

• O Nutricionista: Trata-se de um profissional de saúde que se especializou na avaliação e prescrição das necessidades alimentares. Este especialista irá recomendar técnicas especiais de alimentação que irão assegurar que o vosso bebê recebe a nutrição correta até que o seu aparelho digestivo esteja suficientemente maduro para poder ser alimentado diretamente pelo peito.

• A Assistente Social: É um elo de ligação entre vós e o hospital. Quando necessário, estará disponível para fornecer quaisquer informações e apoio como, por exemplo, serviços complementares. Poderá ser igualmente coordenadora dos cuidados familiares, ajudando-vos a compreender a extensão dos cuidados proporcionados ao vosso bebê e coordenando as reuniões entre todas as pessoas envolvidas no cuidado do vosso bebê.

• O Psicólogo: Muitos hospitais possuem psicólogo de apoio aos pais e irmãos para famílias com bebês internados na UTIN. Estes grupos podem ajudar os membros da família a lidarem com os sentimentos relacionados com a recente experiência de nascimento. Mesmo que nunca se tenham interessado por um grupo de apoio, esta poderá ser a altura ideal para o fazerem.



Fonte: “Guia dos Pais do Bebé Prematuro”, Abbott Laboratórios Lda.

sábado, 16 de maio de 2015

Doença Celíaca




O que é Doença celíaca?
É uma doença autoimune, que afeta o intestino delgado interferindo diretamente na absorção de nutrientes essenciais ao organismo como carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais e água. É causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodca e alguns doces, em pessoas geneticamente predispostas. O único tratamento é a dieta isenta de glúten por toda a vida. Caso uma pessoa com doença celíaca consuma alimentos com glúten ou traços de glúten, isso vai provocar uma reação imunológica no intestino delgado, uma inflamação crônica que impede a absorção dos nutrientes. A doença celíaca pode se manifestar em crianças, adultos e idosos. Estudos internacionais apontam que 1% da população mundial é celíaca. Na última década aumentou no Brasil a consciência sobre a doença celíaca. Afeta em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria dessas pessoas ainda estão sem diagnóstico.

Sintomas
Diarreia com perda de gordura nas fezes, vômito, perda de peso, inchaço nas pernas, anemias, alterações na pele, fraqueza das unhas, queda de pelos, diminuição da fertilidade, alterações do ciclo menstrual e sinais de desnutrição.

Diagnóstico de Doença celíaca
A doença só pode ser diagnosticada por meio de exames de sangue, pois os sintomas são muito variados e constantemente associados com outras doenças. Normalmente se manifesta em crianças com até um ano de idade, quando começam a ingerir alimentos que contenham glúten ou seus derivados. A demora no diagnóstico leva a deficiências no desenvolvimento da criança. Em alguns casos se manifesta somente na idade adulta, dependendo do grau de intolerância ao glúten, afetando homens e mulheres.

Tratamento de Doença celíaca
O principal tratamento é a dieta com total ausência de glúten; quando a proteína é excluída da alimentação os sintomas desaparecem. A maior dificuldade para os pacientes é conviver com as restrições impostas pelos novos hábitos alimentares. A doença celíaca não tem cura, por isso, a dieta deve ser seguida rigorosamente pele resto da vida. É importante que os celíacos fiquem atentos à possibilidade de desenvolver câncer de intestino e a ter problemas de infertilidade.

É obrigatório por lei federal (Lei nº 10.674, de 16/05/2003) que todos os alimentos industrializados informem em seus rótulos a presença ou não de glúten para resguardar o direito à saúde dos portadores de doença celíaca.

Alimentos Permitidos e Proibidos aos Celíacos:
GRUPO DE ALIMENTO
PROIBIDO
CONTÉM GLÚTEN
PERMITIDOS
ISENTOS DE GLÚTEN
PERMITIDOS COM MODERAÇÃO
ISENTOS DE GLÚTEN, PORÉM CONTÉM MUITO AÇÚCAR, SÓDIO, ÁLCOOL, GORDURAS E/OU ADITIVOS QUÍMICOS


Grãos e Farinhas
Trigo, centeio, cevada, aveia e malte, farinha, farelo e gérmen de trigo, farelo de aveia, farinha de rosca, trigo de kibe.
Arroz (e farinha de arroz e creme de arroz), milho (e maisena), quinua, amaranto, feijão, ervilha grão de bico, lentilha, trigo sarraceno.
Arroz doce, canjica, massas a base de farinha de arroz ou de milho


Tubérculos e suas farinhas
Farofa industrializada.
Batata, batata doce, aipim (mandioca), inhame, cará, polvilho (doce e azedo), goma de tapioca, fécula de batata, sagu, araruta
Batata e aipim fritos (em casa), batata tipo Ruffles, farofa


Pães, Biscoitos e Massas
Pão francês, pão integral, pão de forma, pão doce, tortas, empadão, salgadinhos, croissant, pizza, macarrão e massas a base de trigo, sêmola ou semolina, kibe.
Pães sem glúten, biscoito de polvilho, biscoitos de soja, de arroz, de milho, massas isentas de glúten, tapioca.
Pão de queijo, lasanha, pizza e massas em geral isentas de glúten, porém contendo queijo e molhos gordurosos


Bebidas
Cerveja, whisky.
Água, água de coco, suco de fruta, café (na rua, preferir café expresso)
Vinho, saquê, cachaça, vodka, cerveja sem glúten, Prosecco, Champagne, refrescos industrializados, refrigerante, guaraná natural/xarope de guaraná, xarope de groselha


Leite e derivados
Achocolatados contendo malte, Ovomaltine, mingau de aveia, iogurtes contendo aveia.
Iogurtes, leite baixa lactose, queijos, leites vegetais (coco, castanhas, gergelim, arroz, soja)
Leite de soja com frutas, leite com achocolatados, leite condensado, creme de leite


Condimentos
Molho shoyo contendo trigo (a maioria das marcas).
Alho, cebola, tomate, pimentão, pimenta em grão, alecrim, salsa, cebolinha, tomilho, orégano, manjericão, sálvia.
Temperos prontos isentos de glúten, molho Shoyo (Sakura), catchup, mostarda, maionese, molhos de salada.


Proteínas
Bife de glúten, proteína vegetal, nuggets, bife à milanesa, empanados.
Carnes (boi, peixe, frango, porco, rão, cabrito, cordeiro, etc), ovo
Presunto, blanquet de peru, salame, salaminho, mortadela, salsicha.


Doces
Bolos, tortas, docinhos de festa, chocolate contendo malte, pavê, torta alemã.
Chocolate amargo, geléia de frutas sem adição de açúcar, alfarroba.
Gelatina, geléia de mocotó, balas, chocolate ao leite, chocolate branco, sorvetes.


Frutas

Todas – abacaxi, abacate, amora, açaí, coco, água de coco, banana, caqui, carambola, cereja, framboesa, laranja, limão, tangerina, morango, uva, pêra, maçã, manga, melão, mamão, melancia, etc
Compota de frutas, geléia diet, sorvete de frutas


Hortaliças (legumes e verduras)
Tempurá, legumes empanados, tortas e empadões de hortaliças.
Todas – Cenoura, chuchu, beterraba, abóbora, vagem, couve-flor, couve, espinafre, bertalha, agrião, aipo (salsão), alho poró, etc



Sementes e Oleaginosas
Amendoim japonês.
Todas – castanhas, amendoim, nozes, amêndoas, avelã, macadâmia, pistache, amêndoas de cacau, gergelim, linhaça, chia, semente de girassol, semente de abóbora
Confeitos de amêndoas, etc


Gorduras
Óleo re-utilizado de frituras anteriores.
Azeite de oliva
Óleo de abacate, de coco, manteiga, margarina, creme vegetal, óleos de grãos (soja, milho, girassol, arroz), óleo de canola, banha de porco.






Alimentos naturalmente isentos de glúten, mas que podem estar contaminados:
Alimentos vendidos a granel – grãos, sementes/oleaginosas, ervas/condimentos, chás, etc.
Produtos isentos de glúten manipulados na mesma área física e/ou maquinário utilizado para os que contem glúten – farinhas, polvilho, chocolates, grãos, etc.
Queijos e frios fatiados em padarias
Café previamente moído, em padarias, bares e lanchonetes (pode estar contaminado com cevada)
Biscoitos de polvilho e pão de queijo preparados em padaria ou ambientes onde se trabalha com farinha de trigo
Batata frita em restaurante e festas (óleo re-utilizado de outras frituras – pastel, salgadinho, empanados)
Alimentos no balcão dos restaurantes self service (podem ser contaminados pela troca de talheres, na hora de servir)
Molhos, sopas e feijão em restaurantes (podem ter adição de farinha de trigo, como espessante)

Fonte: http://www.fenacelbra.com.br