30 de outubro DIA DO REUMATISMO
Reumatologia Pediátrica
A maioria das pessoas pensa que as doenças
reumáticas são exclusividade da população adulta. De fato, muitas das
condições ditas "reumáticas" são associadas a doenças degenerativas,
como o desgaste de cartilagens, o enfraquecimento muscular e a perda de
massa óssea. No entanto, existe um número grande de reumatismos que
também pode afetar a população infantil. Essas doenças geram nas
crianças sintomas semelhantes aos que afetam os adultos, como dor e
rigidez nas articulações e, o que é pior, algumas doenças reumáticas
podem gerar dano e limitação permanentes comprometendo o futuro do
pequeno paciente.
Sabe-se que o paciente infantil responde de
maneira diferente às drogas, está mais propenso a certas complicações e
que precisa de apoio psicológico e cuidados de reabilitação especiais,
necessitando de uma equipe familiarizada com essas particularidades e
treinada para melhor atender essas demandas.
Várias doenças reumáticas são vistas na
infância sendo as mais comuns a artrite crônica da infância, o lúpus
eritematoso sistêmico, a dermatopolimiosite e as espondiloartropatias,
que são doenças de caráter crônico, provocadas por distúrbios no sistema
de defesa do organismo, ou sistema auto-imune. Esses casos precisam de
avaliação do especialista e tem potencial para deixar seqüelas
permanentes, mas se forem precocemente bem tratadas , possibilita-se à
criança uma vida praticamente normal. Outros reumatismos desse tipo que
também podem acometer a criança são as vasculites e, mais raramente, a
esclerodermia.
A presença de bactérias nas articulações pode levar a uma forma grave de reumatismo que é a artrite séptica .
Infecções também estão relacionadas a uma outra
forma de doença reumática, as artrites reativas, onde a apresentação
clássica é um tipo de reumatismo muito conhecido e, até pouco tempo
atrás, freqüente em nosso meio: a febre reumática. O surgimento dos
antibióticos e a melhoria nas condições gerais de vida da população
mundial reduziram drasticamente o número de crianças afetadas por esse
mal.
Com maior freqüência, manifestam-se nessa fase
sintomas envolvendo o aparelho músculo esquelético. Nesse grupo
encontram-se as famosas dores do crescimento e também dores decorrentes
de defeitos ortopédicos e de má postura, muito comuns no consultório do
reumatologista pediátrico.
Como dito anteriormente, a identificação
precoce de doenças reumáticas na infância é fundamental para evitar
seqüelas permanentes, por isso deve-se levar a criança para avaliação ao
verificar a presença de certos sintomas ou sinais, que podem ser:
| Dor articular ou dor nas costas referidas de modo mais persistente | |
| Articulação acometida de aspecto alterado: presença de inchaço, calor e vermelhidão no local | |
| Dor persistente ao longo dos membros superiores ou inferiores | |
| Presença de febre por mais de três semanas | |
| Presença de perda de peso e atraso no crescimento | |
| Presença de prostração e cansaço, modificando o padrão normal de atividades da criança | |
| Presença de fraqueza muscular | |
| Presença de depressão | |
| Presença de queixas visuais | |
| Presença de limitação funcional, ou seja, a criança começa a mostrar incapacidade para tarefas do dia a dia que antes eram executados com facilidade, necessita de auxílio dos adultos, fica dependente da ajuda dos outros e restringe suas atividades. Por exemplo, necessita de auxílio para sair da cama pela manhã, para vestir-se, para subir/ descer escadas |
Na presença dessas queixas, recomenda-se visitar o
pediatra o mais rápido possível , evitando adiar a consulta. Evitar usar
medicamentos por conta própria ou "simpatias" e remédios caseiros.
Nessa oportunidade, será avaliada a necessidade de acompanhamento
especializado, conforme a situação.
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