segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A importância do TOQUE para o bebê



A importância do TOQUE para o bebê


 
Todos os pais sabem como tocar nos seus filhos, sejam pequeninos ou recém-nascidos robustos, o ambiente da unidade, a situação clínica e a parafernália de tubos e fios podem dificultar a expressão de carinho, atenção, disponibilidade e amor. Para muitos pais são obstáculos perfeitamente supérfluos quando o que importa é oferecer amor, sentir e dar a entender ao bebê que estão presentes e que os amam acima de qualquer coisa. Para outros há que reinventar o tocar num enquadramento que nunca esperavam encontrar entre si e o seu bebê.
O tato é o primeiro sistema sensorial a estar maduro durante a gestação constituindo a primeira ponte entre o embrião e o meio envolvente. Quando um bebê nasce, e para os prematuros também, é através dele que recebem as primeiras informações do mundo extra-uterino.  A pele funciona como um interface importante com o mundo exterior recolhendo sensações positivas e negativas. Mesmo a dormir o cérebro recebe informações permanentes através da pele como sensações de frio, quente, dor, conforto, desconforto, amor e afeto, bem como a separação e a solidão. Podemos relaxar ou sentir a presença de quem nos toca.
 




É importante que desde cedo o bebê possa ter experiências positivas táteis.


O toque deve ser introduzido gradualmente de forma gentil e respeitando os sinais do bebê. Os pais devem transmitir tranquilidade relaxando por uns momentos em silêncio junto da incubadora: aqueça as mãos e respire fundo várias vezes. Depois pode pousar suavemente as mãos em concha envolvendo e abraçando o corpo do bebé, uma no tronco ou pernas, e a outra na cabeça. Observe a reação do bebê, e sinta-o a relaxar debaixo das suas mãos. Depois as mãos podem alternar outras zonas do corpo deixando sempre espaço para que o bebê relaxe. Durante algum tempo este pousar das mãos pode ser o único toque que o bebê permite (isto é que não sinta como desconfortável ou recuse). Tranquilize o bebê associando a voz, acalmando-o, dizendo que estará sempre com ele e que está ali para o ajudar, que em breve tudo passará e irão para casa. Ter em atenção que existem áreas do seu corpo em que o bebê poderá ser mais sensível e rejeitar o toque, sobretudo áreas onde sofreu dor e desconforto: o peito onde são usualmente colados os sensores para monitorização da função cardíaca, os braços ou pernas onde muitas vezes são colhidas amostras de sangue e colocados os soros, ou a cara onde são colados tubos e sondas. Estas áreas podem necessitar de mais tempo, mais atenção e mais gentileza. O pousar das mãos pode, mesmo gentil, desencadear reações de afastamento. Respire fundo e diga-lhe que sabe que houve momentos de grande dor mas que ele é forte e juntos vão ultrapassar estes momentos. Relaxe, aqueça as mãos e aproxime-as do seu corpo em forma de concha, ou da área mais sensível, sem tocar e aguarde, transmita apenas o seu calor, paz e amor. Depois pouse gentilmente as mãos e envolva o membro ou a área, sem qualquer outro estímulo (sem falar). Pode balançar suavemente o peito ou tronco ritmadamente de um lado para o outro, em movimentos de pouca amplitude e sinta-o a relaxar. Envolva individualmente uma perna ou um braço nas mãos e oscile para cima e para baixo. São movimentos de relaxamento, suaves com o ritmo do bater do seu coração e ajudam a aliviar tensões, dor ou desconforto em zonas muito manipuladas ou picadas, ou onde foram retirados adesivos. Muitas vezes, durante os procedimentos, é suficiente colocar uma mão em concha envolvendo a sua cabecinha e oferecer um dedo para que o bebê agarre, se sinta mais confortável, apoiado e seguro.


Sempre que quiser retirar as mãos, pare o movimento, relaxe as mãos sobre o corpo do bebê e primeiro pense que as vai retirar ainda antes de iniciar o gesto, e suavemente retire as mãos de cima do corpo do bebê Substitua as mãos por uma mantilha para aconchegar a pele nua e para que o bebê se sinta mais confortável.


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