quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CERTIDÃO DE NASCIMENTO: Como registrar meu bebê

Preciso fazer o registro logo que o bebê nascer?

A Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada em 1959 pela ONU, diz que toda criança tem direito a um nome desde o nascimento, e a lei brasileira dá várias facilidades para que os pais cumpram essa obrigação com rapidez. Afinal, sem um nome e uma certidão de nascimento é como se a pessoa não existisse aos olhos do Estado. Por isso, faça o registro logo que o bebê nascer, preferencialmente na primeira semana de vida.
O procedimento é gratuito e deve ser feito no cartório de registro civil cuja jurisdição abranja a maternidade ou a residência dos pais. Pergunte no hospital onde o bebê nasceu onde o registro deve ser feito. Às vezes há plantonista do cartório na própria maternidade, e a certidão pode ser tirada lá mesmo.


O que é preciso levar para fazer o registro?

O documento básico a ter em mãos para o registro é a Declaração de Nascido Vivo (DNV), que deve ser expedida pela maternidade ou hospital que realizou o parto. Ali constam as informações que aparecerão na futura certidão, como o local e horário do nascimento. Também serão necessários documentos de identidade dos pais. Veja quem precisa comparecer e com que documentos caso a caso:
  • Pais casados: Basta a presença do pai ou da mãe, com documento de identidade e certidão de casamento, além da Declaração de Nascido Vivo. Não é preciso levar o bebê para mostrá-lo ao oficial, mas não há inconveniente em fazê-lo – alguns cartórios oferecem até fraldário para os usuários.
  • Pais não casados: O homem pode fazer o registro munido do seu documento pessoal e do documento da mãe da criança, além da DNV. Em caso de o pai estar ausente, ele pode reconhecer a paternidade por meio de uma declaração com firma reconhecida, ou concedendo procuração específica e registrada em cartório para que se faça o registro. Até 1997, a lei exigia que pai e mãe comparecessem ao cartório quando não eram casados.
  • Mãe solteira: A mãe deve comparecer ao cartório com a DNV e documentos de identidade. Se não estiver acompanhada do pai da criança e não trouxer uma declaração de reconhecimento da paternidade, será orientada no cartório a declarar quem é o suposto pai, que então será chamado pela Justiça – se houver dúvidas, ela pode até apontar mais de um homem.
Se a mulher preferir não identificar o pai, só o nome dela constará na certidão de nascimento, com a paternidade em branco (sem expressões como "pai ignorado"). A qualquer momento, a mulher pode decidir indicar o pai da criança, e após investigação de paternidade e comprovação judicial o registro será refeito constando o nome dele.
  • Mãe menor de 16 anos: A mãe precisa comparecer ao cartório acompanhada de um responsável (o avô da criança, por exemplo). Ainda assim, a jovem pode ser orientada a assinar um termo de ciência do registro, para evitar uma contestação depois que ela atingir a maioridade.
  • Filhos de brasileiros nascidos no exterior: Podem ser registrados no consulado mais próximo, mas o registro será transferido para o 1o Ofício do Registro Civil da cidade de residência (ou do Distrito Federal, caso não haja domicílio conhecido no Brasil).
  • Parto em casa (sem Declaração de Nascido Vivo): Será preciso levar duas testemunhas ao cartório, entre elas a parteira, se houver. A lei autoriza até mesmo que o oficial vá à casa do recém-nascido comprovar sua existência. Outra possibilidade é que o Ministério Público ou a Justiça sejam acionados para comprovar o nascimento nessas circunstâncias.
  • Impossibilidade de os pais comparecerem ao cartório: Em casos excepcionais, o registro pode ser feito por uma procuração específica, na qual conste o nome dos pais e do recém-nascido. O impedimento do pai e da mãe precisa ser comprovado, e o registro pode ser feito por um parente maior de idade, por um administrador hospitalar ou uma "pessoa idônea" que tenha assistido o parto, segundo a minuciosa lei federal 6.015, que regulamenta até mesmo o registro de crianças abandonadas (devem ser registradas por quem encontra ou cuida, respeitados os prazos legais) e de índios não-integrados (os únicos dispensados do registro civil).

O que acontece se eu não registrar o bebê logo que ele nascer?

A lei estabelece um prazo de 15 dias para o registro, ou três meses e meio quando o cartório fica a mais de 30 quilômetros do local de nascimento. No caso de a mãe ser a responsável única pelo registro, o prazo é de 45 dias, para contar o repouso após o parto. Desde 2001, porém, não existe mais multa para quem descumpre o prazo. A única diferença é que, depois do tempo previsto na lei, só é possível realizá-lo no cartório relativo à residência dos pais, e não mais nos arredores de maternidade.

                                                                                                                       Fonte: baby Center Brasil

O Toque




POR FAVOR, ME TOQUE

SE SOU SEU BEBÊ, POR FAVOR ME TOQUE...
Preciso de seu afago de uma maneira que talvez nunca saiba...
Não se limite a me banhar, trocar minha fralda e me alimentar, mas,
Me embale estreitado, beije meu rosto e acaricie meu corpo.
Seu carinho gentil, confortador, transmite segurança e amor...

SE SOU SUA CRIANÇA, POR FAVOR ME TOQUE...
Ainda que eu resista e até o rejeite, insista,
descubra um jeito de atender minha necessidade.
Seu abraço de boa noite ajuda a adoçar meus sonhos;
seu carinho de dia me diz o que você sente de verdade...
 
SE SOU SEU ADOLESCENTE, POR FAVOR ME TOQUE...
Não pense que eu, por estar crescido,
já não precise saber que você ainda se importa.
Necessito de seus abraços carinhosos, preciso de uma voz terna.
Quando a vida fica difícil, a criança em mim volta a precisar...

SE SOU SEU AMIGO, POR FAVOR ME TOQUE...
Nada como um abraço afetuoso para eu saber que você se importa.
Um gesto de carinho quando estou deprimindo
me garante que sou amado, e me reafirma que não estou só.
Seu gesto de conforto talvez seja o único que eu consiga...

SE SOU SEU PARCEIRO, POR FAVOR ME TOQUE...
Talvez você pense que sua paixão basta,
mas só o seus braços detém os meus temores.
Preciso do seu toque terno e confortador,
para me lembrar que sou amado apenas porque eu sou eu...

SE SOU SEU FILHO ADULTO, POR FAVOR ME TOQUE...
Embora eu possa ter até minha própria família para abraçar,
Ainda preciso dos braços de mamãe e papai quando me machuco...

SE SOU SEU PAI IDOSO, POR FAVOR ME TOQUE...
Do jeito que me tocaram quando era bem pequeno.
Segure minha mão, sente-se perto de mim,
dê-me força e aqueça meu corpo cansado, com sua proximidade.
Minha pele, ainda que muito enrugada, adora ser afagada.... 

NÃO TENHA MEDO... APENAS ME TOQUE...

ANDADOR: PERIGOSO E DESNECESSÁRIO AFIRMA A SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA

Desde 2007, é proibido vender, importar, e mesmo fazer propaganda de andador para bebês no Canadá. Apesar de ainda muito popular no Brasil, para bebês de 6 a 15 meses, o andador não é recomendado pelos pediatras. Os pais alegam alguns motivos para colocar o bebê no andador. Dizem que ele dá mais segurança às crianças (evitando quedas), mais independência (pela maior mobilidade), promove o desenvolvimento (auxiliando no treinamento da marcha), o exercício físico (também pela maior mobilidade), deixam os bebês extremamente faceiros e, sobretudo, mais fáceis de cuidar.
A literatura científica tem colocado por terra todas estas teses. A ideia de que o andador é seguro é a mais errada delas. A pesquisadora sueca, Ingrid Emanuelson publicou uma análise dos casos de traumatismo craniano moderado em crianças menores de quatro anos, que considerou o andador o produto infantil mais perigoso, seguido por equipamentos de playground. A cada ano são realizados cerca de dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com o andador. Isto corresponde a pelo menos um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando hospitalização. Algumas crianças sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos relacionados diretamente com o uso do andador, mas a grande maioria sofre quedas; dos casos mais graves, cerca de 80% são de quedas de escadas.
É verdade que o andador confere independência à criança. Contudo, um dos maiores fatores de risco para traumas em crianças é dar independência demais numa fase em que ela ainda não tem a mínima noção de perigo. Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um menino de dez anos. Crianças até a idade escolar exigem total proteção.
O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança, ainda que não muito. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.
O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas.
Por fim, trata-se de uma grande falácia dizer que a satisfação e o sorriso de um bebê valem qualquer risco. Um bebê de um ano fica radiante com muito menos do que isso: basta sentar na sua frente, fazer caretas para ele e lhe contar histórias ou jogar uma bola.
Dizer que o andador torna a criança mais fácil de cuidar revela preguiça, desinteresse ou falta de disponibilidade do cuidador. Caso o adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo todo ao lado do bebê, é mais seguro colocá-lo num cercado com brinquedos do que num andador. Cercá-lo de um ambiente protetor, com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas; estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva. O andador definitivamente não se enquadra neste esquema.

Uma liminar da Justiça de Passo Fundo (RS) determinou a proibição da comercialização de andadores infantis em todo o país. Na decisão, a juíza Lizandra Cericato Villarroel destaca que nenhuma das marcas comercializadas estão dentro das normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e que "a natureza do produto se destina a bebês e crianças na fase de aprendizagem do ato de caminhar, portanto, em situação biológica de vulnerabilidade potencializada".
A decisão é em primeira instância e ainda cabe recurso. Os fabricantes dizem que vão recorrer.

Como acalmar seu bebê prematuro




Bebês prematuros têm necessidades especiais em relação ao choro.
Uma coisa é certa: todos os nenéns choram para se comunicar. E, embora o choro do bebê possa ser um pouco assustador para uma mãe de primeira viagem, não se esqueça de que, na maioria das vezes, conviver com algumas lágrimas e certo grau de estridência simplesmente faz parte da maternidade. No entanto, os bebês prematuros podem chorar por mais tempo e com mais frequência do que bebês que nasceram aos nove meses de gestação, e é possível que deem um pouco mais de trabalho até se acalmarem. Tente colocar em prática as dicas abaixo para tranquilizar seu bebê prematuro.
Abrace-o muito: É extremamente benéfico para o seu bebê prematuro ganhar um bom colo e ter contato com a sua pele. Deitar-se ao lado da mamãe (ou do papai!) vai aquecê-lo, fazê-lo chorar menos, estabilizar seus batimentos cardíacos e aumentar sua capacidade de mamar no peito ou na mamadeira. Encontre um lugar reservado com uma cadeira confortável e coloque o seu bebê em uma posição em que possa ter contato direito com o seu peito. Seu bebê não precisa vestir nada mais do que uma fralda, porque o calor do seu corpo vai mantê-lo aquecido.
A luz certa: Seu bebê prematuro provavelmente passou algum tempo na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) antes de ir para casa. Alguns recém-nascidos se acostumam com esse ambiente iluminado e movimentado e se tranquilizam com um pouco de ruído ou música de fundo no ambiente doméstico. Contudo, outros prematuros são mais sensíveis à luz e ao barulho com os quais conviveram na UTIN. Observe as reações do seu bebê para decidir se é o caso de oferecer um ambiente escuro e silencioso.
Relaxar é o que importa: A maioria dos bebês adora se enrolar em uma manta ou cobertor, porque isso lembra o ambiente calmo e confortável do útero. Um bebê prematuro também gosta do calor e do contato que essa técnica proporciona. Aconchegue-o em um cobertorzinho macio quando ele começar a reclamar. Você pode pedir a opinião do pediatra sobre o uso de uma chupeta, pois muitos bebês acham relaxante a sucção.
Conhecer seu bebê leva algum tempo. Mas não se assuste se a técnica de relaxamento que você está usando não funcionar bem em um primeiro momento. Em breve você saberá quando seu bebê prematuro chora normalmente e quando você deve se preocupar. E lembre-se: se achar que o bebê está chorando demais,  dê um telefonema rápido para o pediatra para obter orientações. 
Fonte: Pampers.com.br

Oração do Bebê


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O PERIGO DA OBESIDADE INFANTIL

Hoje em dia o ritmo de vida mais corrido das famílias está totalmente relacionado com a alimentação das criancas. E pela facilidade e rapidez de alimentos prontos, deixamos de valorizar a importância da alimentação saudável e sua interferência no peso e sobrepeso da criança.
Um bebê fofinho, de bochechas rosadas, dobrinhas por todo o corpo e pezinhos como pãezinhos enche os olhos dos papais e avós. Pois é, mas apesar da evidência e da preocupação atual em torno da obesidade, para a maior parte dos pais, criança gordinha é criança saudável.
Por este motivo, têm se tornado cada dia mais frequentes nos consultórios dos pediatras crianças vítimas de problemas típicos dos adultos, como colesterol alto, hipertensão e diabetes tipo 2.
E o maior problema é que as crianças, de forma geral, se alimentam demais e se exercitam de menos.
A obesidade infantil se faz em casa - e começa a se desenhar na gravidez, com os hábitos alimentares da mãe. O ser humano tem um apreço natural pelos sabores adocicados. Com 24 semanas de gestação, os fetos já conseguem distinguir diferenças de sabor no líquido amniótico - e dão preferência aos mais docinhos, e os alimentos ingeridos pela mãe com frequência na gestação, são mais facilmente aceitos pelo bebê na introdução dos alimentos.



Promova uma alimentação saudável ao seu pequeno

Como orientação para a prevenção da obesidade infantil,separei algumas orientações:

• Mantenha aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade.
• Estabeleça e respeite os horários das refeições (a criança PRECISA de rotina).
• Aumente o consumo de frutas, vegetais e cereais integrais. Isso melhora o funcionamento intestinal e oferece vitaminas e minerais essenciais para saúde e crescimento saudáveis.
• Limite o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar.
• Evite o hábito de comer assistindo televisão.
• Diminua o tamanho das porções dos alimentos.
• Respeite a saciedade da criança.

Estimule a prática de atividades físicas

• Diminua o comportamento sedentário.
• Promova atividades familiares prazerosas.
• Realize atividades no horário do recreio, após a escola e nos fins de semana.
• Tenha responsabilidade e compromisso com os exercícios estabelecidos para a rotina do seu filho.


A quantas anda a obesidade infantil no Brasil?

Atualmente, 48% das crianças brasileiras estão acima do peso.

O risco de uma criança obesa se tornar um adulto obeso é de:
- 15%, se ela está obesa aos 2 anos;
- 35%, se ela está obesa aos 5 anos;
- 50%, se ela está obesa aos 7 anos;
- 80%, se ela está obesa aos 10 anos.
Por isso, procure conhecer o peso ideal para o seu pequeno. Consulte o pediatra com frequência e saiba se o seu filho está acima do peso - e caso esteja, o que pode ser feito. Seu pediatra é, com certeza, a pessoa que melhor pode orientá-la, e, quando necessário, encaminhar seu filho ao especialista, o endocrinologista.

por Larissa Ribeiro Médica Pediatra, com especialização em Endocrinologia infantil. Consultório em Campo Verde-MT, na Clínica Equilíbrio (Av. Mato Grosso, 1133 - Centro). Contato: (0xx66) 3419-1130
 Fonte: Pediatria Brasil
Foto: Michael Brown

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

SONO DO BEBE


Dormir dá saúde e faz crescer



O sono é uma atividade humana vital. No primeiro mês de vida os bebes dormem cerca de 21 horas por dia e a medida que cresce o seu interesse pelo meio ambiente também diminuem as horas de sono e aumentam as horas em alerta tranquilo – a aprender e a comunicar com o ambiente.
O conhecimento da importância do sono vem sobretudo da observação das consequências da sua privação. consequências nefastas para adultos privados do sono como maior incidência de doenças cardiovasculares, aumento da velocidade de envelhecimento e cansaço, baixos níveis de atenção e de tolerância às atividades.
O sono divide-se em dois estádios, sono REM e NREM.
Sono REM ou Rapid Eye Movements, ou sono leve, caracteriza-se sobretudo pela presença de movimentos oculares, respiração irregular e movimentos do corpo. Identificado como o estagio do sonho em adultos.
Sono NREM ou Non Rapid Eye Movements, o corpo está relaxado, sem movimentos oculares, alguns pequenos movimento corporais esporádicos e de pouca amplitude, e uma cor da pele pobre acinzenta/ pálida.
Prematuros e bebes de termo apresentam estádios de sono difíceis de distinguir, requerendo uma observação cuidada do seu comportamento. Inicialmente, às 28 semanas de gestação a maior percentagem de sono é sobretudo REM, e a medida que o feto cresce vai diminuindo em detrimento do sono NREM.  À idade de termo o sono REM tem a mesma proporção do NREM. Na idade adulta e à medida que envelhecemos o sono NREM é predominante.
A partir das 28-30 semanas: organizam-se os ciclos de sono REM e NREM e podem claramente observáveis e distinguidos.
O sono REM é importante para desenvolvimento, organização e a maturação cerebral. Movimentos fetais antecipatórios como o respirar, sugar, engolir, esticar e movimentos oculares, ocorrem durante o sono REM e parecem importantes para a execução destas atividades após o nascimento.
Grande parte dos sistemas corporais necessitam de sono REM para se desenvolverem, como do toque, do movimento e posição, do cheiro e gosto, da audição e visão, das emoções e dos comportamentos sociais e da memória. Parece que parte importante do desenvolvimento visual, que até ao nascimento está unicamente dependente da atividade interna fetal, depende do sono REM. Durante o sono REM há um aumento da atividade da retina que poderá estar relacionada com a sua maturação e com o estabelecimento das conexões entre o olho e o córtex visual. Também parece preservar a capacidade de aprendizagem e memória futuras sobretudo auditivas.
A exposição à voz, à música ou a outros estímulos ambientais benéficos são imprescindíveis entre as 30 e as 40 semanas de gestação. Um prematuro deve ouvir a voz da mãe num estado de alerta tranquilo, num ambiente cujo ruído de fundo não vá além dos 50 db, ou em sono tranquilo, seguido de um período de sono REM. Para tal é necessário que ocorram múltiplos períodos de interação, permitindo ouvir a voz materna, seguidos de sono REM.
O sono NREM está associado à recuperação dos tecidos lesionados e restabelecimento da doença.
O crescimento físico também depende do sono pois é durante o sono que os ormonios responsáveis pelo crescimento são libertadas.
Por todos estes fatos é essencial observar os prematuros e perceber em que estagio de sono/vigília se encontra, preservar os estágios de sono e prestar cuidados, sempre que possível, quando a criança está acordada. Os pais devem observar os seus filhos e assim identificar a melhor altura de interagir com eles.
Os prematuros são muito sensíveis quando dormem acordando facilmente com mudanças do ambiente como alterações da luminosidade, ruídos ou movimentos dentro e à volta da incubadora. O controlo de fatores que podem interromper o sono, REM ou NREM, é essencial em bebes internados, prematuros ou doentes favorecendo a maturação dos estágios e a transição suave e robusta. A dificuldade na permanência em determinado estágios de atenção pode condicionar a indisponibilidade do bebe para aprender e se focar no ambiente propício ao desenvolvimento, como seja na voz da mãe e pai e nas suas faces. Bebes imaturos do ponto de vista dos estádios de atenção tendem a oscilar entre o dormir e o acordar de forma súbita, não permanecendo muito tempo no estagio de alerta tranquilo (propício para as interações sociais e para se alimentar) ou acordando para chorar e ficar irritado de imediato, num limiar muito estreito de integração saudável de estímulos ambientais benéficos.

REFLUXO ESOFAGICO


Refluxo esofgiano ou gástrico: o que é? Quais são as causas?


O que é refluxo esofagiano ou gástrico:

  O refluxo esofagiano ou gástrico, que mais corretamente deve ser chamado de refluxo gastroesofagico, consiste no retorno de conteúdo do estômago para o esôfago. O esôfago é um tubo muscular de mais ou menos 35 centímetros de comprimento, revestido de mucosa semelhante à da boca, que tem a sua extremidade superior ligada à faringe e sua extremidade inferior ligada ao estômago. Nos casos de refluxo, retorna do estômago um material ácido que não é apropriado ao esôfago, embora ele também possa ser constituído de bile e, portanto, ser alcalino. O ácido gástrico agride a mucosa do esôfago e provoca a sua irritação ou ulceração, o que causa desconfortos. O refluxo ácido pode chegar até a boca, provocando ardor, queimação, mal-estar e, em casos extremos, a morte, se for aspirado para a árvore brônquica. A regurgitação que geralmente acompanha o refluxo gástrico é a percepção do retorno para o esôfago (e às vezes para a boca) de conteúdos do estômago.

Quais são as causas do refuxo gastroesogagico: 

Existe um esfíncter na passagem do esôfago para o estômago (válvula cárdia). A causa mais comum do refluxo gástrico é um defeito no fechamento desse esfíncter, o qual se torna incapaz de reter o conteúdo do estômago, provocando a sua regurgitação para o esôfago. Em recém-nascidos e em crianças pequenas isso pode dever-se à imaturidade desse esfíncter. Em adultos, vários fatores colaboram para que isso aconteça:

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O CHORO DO BEBÊ PODE SER PROBLEMA DE DIGESTÃO





Cólicas e regurgitações são considerados comuns nos recém-nascidos e só devem ser consideradas como um problema se interferirem no desenvolvimento das crianças.
O choro é uma das formas de comunicação dos recém-nascidos, é o que mais chama a atenção dos pais. Apesar de bastante frequente nos primeiros dias de vida, pode ser o sinal de que algo não está bem com a criança. Dentre os principais motivos de preocupação estão os desconfortáveis problemas digestivos, como a cólica e o refluxo. Esses transtornos estão relacionados à imaturidade do sistema digestivo e nervoso central e, para alívio das crianças e dos pais, tendem a serem minimizados antes dos doze meses de vida.
Irritabilidade, agitação ou choro durante pelo menos três horas por dia, mais de três dias na semana em pelo menos três semanas, nas crianças que estão crescendo e se desenvolvendo bem, pode ser sinal de cólica. “Geralmente o transtorno surge na segunda semana de vida e se intensifica entre a quarta e a sexta semana”, explica a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Maria do Carmo Barros de Melo.
Segundo a professora, a cólica é uma condição transitória e sem riscos. “O transtorno normalmente ocorre no período da tarde e à noite, e pode durar desde alguns minutos até várias horas”, esclarece. Nas crises, o bebê normalmente encolhe as pernas sobre o abdome, abre os braços e fecha as mãos, fica muito vermelho e chora, parecendo não se acalmar com nada. “Depois de o choro desaparecer o bebê volta a ficar com o seu aspecto normal”, completa.
Orientações
Embora pareça incontrolável, o choro não pode trazer sensação de incompetência nos pais ou discórdia entre o casal. “A cólica pode ser aliviada com a interação das crianças com os pais. Para isso, eles precisam ter paciência”, orienta o professor Marcos Carvalho de Vasconcelos, também do Departamento de Pediatria.
Para amenizar os quadros de cólica, a criança pode ser colocada de bruços e ter a barriga aquecida com um pano morno. Outra forma é abraçar o bebê para que ele sinta os batimentos cardíacos e a respiração dos pais, como se fosse uma “volta ao útero”, aconselha a professora.
Refluxo
O refluxo, golfada de pequeno volume, é outro motivo para o choro dos bebês. A maioria dos pais fica muito preocupada em ver a criança devolvendo o alimento pela boca.  Entretanto, é preciso ter calma. “Não é qualquer regurgitação de leite que o bebê apresenta que pode indicar algum problema”, ressalta a professora Maria do Carmo.
A regurgitação ocorre porque a transição entre o esôfago e o estômago, conhecida como esfíncter esofagiano, ainda está em desenvolvimento. Com a imaturidade, o esfíncter relaxa e não trabalha como deveria. Por isso, o retorno de um pouco de leite após a mamada, quando o bebê arrota, é normal. “Nesse caso, a criança é um ‘regurgitador feliz’, pois golfa após o aleitamento e os pais não devem se preocupar”, ressalta o professor Marcos Vasconcelos.
A golfada só vai ser considerada problema quando interferir no desenvolvimento da criança. “O refluxo gastroesofágico pode ser ocasionado por alteração na entrada ou na saída do estômago, ou alergia ao leite de vaca”, diz o professor. De acordo com ele, o bebê com esse tipo de refluxo não engorda, e pode ter problemas relacionados à aspiração do leite, como tosse e bronquite.
O tratamento do refluxo gastresofágico passa por mudanças na postura dos bebês ou pela utilização de medicamentos. Alimentar os pequenos em intervalos menores, deitar somente depois de uma hora da mamada, primeiro para o lado direito e depois do esquerdo, são algumas medidas que contribuem para a melhor absorção do alimento pela criança, recomenda Maria do Carmo.