quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O SONO DO PREMATURO

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Se você está sofrendo devido a problemas com o sono do seu bebê prematuro, saiba que você não está sozinho ,problemas para dormir  são mais comuns do que se imagina, acredita-se que prematuros tenham mais dificuldade em se adaptar aos horários de sono do que os bebês nascidos a termo.


Por que isso acontece?

Devido ao tempo que os pequenos passam na UTI, algumas situações são comuns:

1-Incapacidade de se auto-acalmar : eles acordam e não conseguem se acalmar sozinhos, a fim de voltar a dormir. Isso acontece devido ao seu sistema nervoso imaturo;

2-Querendo colo toda hora: isso é devido ao pouco tempo que ficaram no útero ou ao fato de que na UTI não eram afagados com tanta frequência, ou pode ser uma combinação de ambas as circunstâncias;

3-Problemas com o aleitamento: devido ao seu tamanho e desenvolvimento, os prematuros podem ter dificuldade em sugar o seio materno. Se eles estão com fome,  fica difícil pegar no sono e manter-se dormindo.

Realmente, acredita-se que bebês prematuros levam mais tempo para ajustar seu relógio biológico ao sono.

Por isso é importante que, ainda no hospital, o prematuro já comece a entender quando é dia e quando é noite. Isso é “comunicado” a eles através da diminuição da luz, dos sons e no manuseio mínimo do bebê na UTI durante a noite.
Essa adaptação também vai depender do grau de prematuridade do bebê, mas em geral, com 8 meses de idade cronológica, ele deve começar a dormir a noite toda ou, pelo menos, por períodos mais prolongados.
Além disso, é normal que o bebê prematuro durma mais que um bebê a termo, porém, por períodos mais curtos.

O Prematuro e os Estados deSono


Existem basicamente 3 estados de sono:

– Sono profundo (também chamado de não-REM ou sono tranqüilo): nessa fase, importantíssima para o crescimento, o bebê fica muito quieto. De vez em quando há um suspiro ou sobressalto. Por um período, enquanto são pequenos, os prematuros apresentam muito pouco sono profundo, e pode haver movimentos mais frequentes e menos movimentos de respiração.

– Sono leve (REM ou sono ativo): nessa etapa o bebê se mexe um pouco e faz pequenos ruídos. A respiração é irregular e as pálpebras se mexem rapidamente. Os olhos podem abrir brevemente ou ficar ligeiramente abertos por longos períodos. Prematuros nos primeiros meses de vida passam a maior parte de seu tempo em sono leve.

– Fase de transição dormir/acordar: é como quando o bebê está começando a acordar. O bebê se move um pouco, faz uns barulhinhos, abre os olhos brevemente, mas pode voltar a dormir várias vezes antes de realmente acordar. Prematurinhos jovens passam muito pouco por este estado.

Um bebê que nasce a termo fica cerca de 15 a 20 minutos em sono profundo e 65 a 70 minutos em sono leve. Um prematurinho no início de sua vida pode ficar apenas 2 a 5 minutos em sono profundo antes de voltar para o sono leve. Na realidade, todos os bebês, prematuros ou não, começam a dormir em sono leve e, se não forem perturbados, acordam do sono leve também.
Mesmo quando completam 40 semanas de idade corrigida, bebês prematuros ainda não ficam o mesmo tempo que bebês a termo no estágio de sono profundo. No entanto, se os devidos cuidados com iluminação, som e manuseio forem tomados no período da noite na UTI, a adequação do padrão de sono do prematuro tende a progredir mais rápido.

O Prematuro e os Estados de Alerta


Existem também 3 estados de “acordado”:

– Sonolento: o bebê movimenta-se pouco, abre e fecha os olhos, como quem está com dificuldade para acordar.

– Acordado/ativo: o bebê está acordado, ativo, pode estar chorando ou muito agitado, mas não consegue se concentrar em algo ou alguém.

– Alerta: o bebê está acordado, com os olhos abertos e olhando ao redor.  Bebês prematuros têm muitas vezes um estado “não muito alerta”, em que eles parecem estar tentando se concentrar, mas não apresentam aqueles olhos arregalados e brilhantes de um bebê totalmente alerta.

Antes de 26 e 27 semanas, é difícil dizer se o prematuro está realmente acordado, pois não há estado de alerta.
Entre 27 e 30 semanas, o prematuro pode tornar-se alerta  por curtos períodos. Quando desperto, fica no estado sonolento ou acordado/ativo. À medida em que o bebê prematuro cresce, fica mais tempo alerta e diminui o tempo que passa acordado/ativo. Esse aumento no tempo em estado de alerta é mais um sinal de que o cérebro dele está se desenvolvendo bem.
O bebê precisa estar alerta para prestar atenção ao que acontece à sua volta. Esta é uma forma muito importante de aprendizagem. Estar alerta também é importante para começar a interagir com as pessoas e o mundo, e, portanto, está relacionada com o desenvolvimento de habilidades sociais do bebê.
Mesmo quando atingem a idade de termo (39-40 semanas), bebês prematuros ainda não ficam tanto tempo alertas quanto um bebê que nasceu a termo. No entanto, é importante que haja estímulos adequados, começando ainda na UTI, para ajudá-los a ficar alerta desde cedo, o que fará com que cresçam e se desenvolvam melhor.

Algumas Dicas


Existem alguns passos que você pode tomar para tentar fazer seu prematuro dormir melhor. Alguns deles já foram testados por pais de prematuros e incluem:

– À noite ou na hora do cochilo, colocar uma música calma;

– Conversar com seu pequeno, num tom de voz baixo e calmo, desejando que ele tenha uma boa noite de sono, que durma tranquilo e que você estará sempre por perto;

– Cantar uma canção de ninar antes dele dormir;

– Balançar o bebê em uma cadeira de balanço, pouco antes de colocá-lo no berço;

– Colocar seu prematuro em um saco de dormir. Isso pode ajudá-lo a se sentir mais aconchegado para adormecer e permanecer dormindo;

– Acender uma luz noturna ou manter baixa iluminação no quartinho dele;

– Organizar os horários de sono do seu prematuro, certificando-se de que haja rotinas bem estabelecidas das horas em que passa acordado e dormindo.

Fontes:prematuros/o-sono-do-prematuro

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Trabalho Científico Uti-Neonatal



A permanência dos pais na UTI Neonatal segundo a percepção da equipe de enfermagem
Grasiely Masotti Scalabrin Barreto
Marivone Verlim
Silvana Delatore
Margarida Luzia Piloni
Maria de Fátima da Costa Freitas
Elídia de Fátima Daniel Forlim 

Hospital Universitário do Oeste do Paraná

Cascavel / Paraná

 Humanização

Resumo



Trabalho científico HUOP


Implantação de protocolo de higiene corporal em recém-nascidos prematuros admitidos em uma UTI Neonatal de um Hospital Universitário
Francislene Aparecida Biederman
Grasiely Masotti Scalabrin Barreto
Silvana Delatore
Elba Bispo dos Santos
Vanessa Coldebela
Juliana Narciso Chrun
                                         Hospital Universitário do Oeste do Paraná

                                                         Cascavel / Paraná
 


Organização da Assistência Perinatal

Resumo
Introdução: O banho de rotina é prejudicial para a pele dos recém-nascidos (RN) prematuros devido à fragilidade da epiderme, induzindo mudanças na pele e aumentando a colonização por bactérias adquiridas no ambiente e, alterando o seu pH. Objetivo: Descrever a implantação do protocolo de rotina para a higienização de Rns prematuros em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal). Métodos: Revisão literária de artigos científicos da ultima década, relacionados à higienização da pele de RNs, anatomia e fisiologia da pele bem como o efeito do uso de emolientes. Resultados: O protocolo foi estabelecido na UTI Neonatal a partir de julho de 2010 com os seguintes critérios: O banho da admissão deverá ser dado após estabilidade térmica do RN (36,8º) e após 6 horas de vida, exceto aqueles com sorologia materna para sífilis, HIV e hepatite positiva, mecônio espesso e corioamnionite; Não utilizar sabonete líquido nas primeiras 4 semanas de vida; Realizar banho nos RNs menores de 1000g a cada 7 dias, utilizando água estéril;  Nos RNs de 1000g à 1500g 2 vezes por semana, de imersão quando possível, utilizando-se de balde e água estéril; Para os RNs 1500 a 1700g em dias alternados, de imersão se possível em balde e com água estéril se menores de 32 semanas; Os RNs acima 1700g todos os dias se estabilidade clínica, avaliado e prescrito pelo enfermeiro. Conclusão: Ao nascer, o pH da pele dos bebês é mais ácido e em aproximadamente 4 dias decai para valores bacteriostáticos (pH<5). Nos bebês prematuros o declínio do pH pode demorar de 2 a 4 semanas, o que os torna mais vulneráveis à infecção. O estabelecimento de protocolos que conduzam a prescrição dos cuidados de enfermagem é fundamental para que a equipe dispense um cuidado técnico, baseado em pesquisas científicas e que favoreça a evolução clínica do RN.