sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Atresia de Esôfago


 

A atresia de esôfago é uma afecção congênita caracterizada pela interrupção do desenvolvimento do esôfago. Durante a 3º e 4º semanas de gestação a porção cranial do intestino primitivo, por meio da formação de um entalhe lateral que, conforme seu desenvolvimento, vai dividindo formando anteriormente a traquéia e posteriormente o esôfago.
A incidência  varia de 1:2500 a 4500 nascidos vivos. Estudos populacionais mostram uma discreta predominância no sexo masculino com uma taxa de 1,2 sobre o sexo feminino.
A chance de ocorrência é maior em fetos na primeira gravidez, nas gestantes com idade avançada, com diabete melito e naquelas que sofreram exposição prolongada à droga tais como contraceptivos orais e talidomida.
Anomalias cromossômicas ocorrem em 6,6% dos portadores de atresia de esôfago, sendo as mais conhecidas as síndromes de Patau, Edward e Down, respectivamente trissomias dos cromosomos 13, 18 e 21. 
DIAGNÓSTICO
No período pré-natal o feto portador de atresia pode ser identificado à ultra-sonografia por apresentar diminuição ou ausência da bolha gástrica, associado à presença de polidrâmnio (aumento do líquido amniótico).
Ao nascimento, o diagnóstico é feito na sala de parto pelo pediatra devido à impossibilidade de progressão da sonda orogástrica. A manifestação clínica mais comum do diagnóstico é a excessiva salivação presente nas primeiras horas de vida. Quando não é diagnosticada na sala de parto, pode provocar tosse, cianose, dispnéia e sufocação e/ou aspiração de leite no início da alimentação .
TRATAMENTO
O tratamento consiste na reconstrução do trânsito do tubo digestivo por meio da união, por sutura simples das duas extremidades do esôfago, isto é, da proximal atrésica com a distal, que pode estar em comunicação com a traquéia.
Esta é uma cirurgia que requer profissional da Cirurgia Pediátrica e Anestesista experientes, e um serviço onde haja uma Unidade de Terapia Intensiva especializada em recém-nascidos.
                                 Fonte: Revistas eletrônicas em Saúde

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