A atresia de esôfago é uma afecção congênita caracterizada
pela interrupção do desenvolvimento do esôfago. Durante a 3º e 4º
semanas de gestação a porção cranial do intestino primitivo, por meio da
formação de um entalhe lateral que, conforme seu desenvolvimento, vai
dividindo formando anteriormente a traquéia e posteriormente o esôfago.
A incidência varia de 1:2500 a 4500 nascidos vivos. Estudos
populacionais mostram uma discreta predominância no sexo masculino
com uma taxa de 1,2 sobre o sexo feminino.
A chance de ocorrência é maior em fetos na primeira gravidez,
nas gestantes com idade avançada, com diabete melito e naquelas
que sofreram exposição prolongada à droga tais como contraceptivos orais e
talidomida.
Anomalias cromossômicas ocorrem em 6,6% dos portadores de atresia de esôfago, sendo
as mais conhecidas as síndromes de Patau, Edward e Down,
respectivamente trissomias dos cromosomos 13, 18 e 21.
DIAGNÓSTICO
No período pré-natal o feto portador de atresia pode ser identificado
à ultra-sonografia por apresentar diminuição ou ausência da bolha
gástrica, associado à presença de polidrâmnio (aumento do líquido
amniótico).
Ao nascimento, o diagnóstico é feito na sala de parto
pelo pediatra devido à impossibilidade de progressão da sonda
orogástrica. A manifestação clínica mais comum do diagnóstico é a
excessiva salivação presente nas primeiras horas de vida. Quando
não é diagnosticada na sala de parto, pode provocar tosse, cianose,
dispnéia e sufocação e/ou aspiração de leite no início da alimentação .
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TRATAMENTO
O tratamento consiste na reconstrução do trânsito do tubo
digestivo por meio da união, por sutura simples das duas extremidades
do esôfago, isto é, da proximal atrésica com a distal, que pode
estar em comunicação com a traquéia.
Fonte: Revistas eletrônicas em Saúde
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