terça-feira, 25 de agosto de 2015

Trabalho científico HUOP


Implantação de protocolo de higiene corporal em recém-nascidos prematuros admitidos em uma UTI Neonatal de um Hospital Universitário
Francislene Aparecida Biederman
Grasiely Masotti Scalabrin Barreto
Silvana Delatore
Elba Bispo dos Santos
Vanessa Coldebela
Juliana Narciso Chrun
                                         Hospital Universitário do Oeste do Paraná

                                                         Cascavel / Paraná
 


Organização da Assistência Perinatal

Resumo
Introdução: O banho de rotina é prejudicial para a pele dos recém-nascidos (RN) prematuros devido à fragilidade da epiderme, induzindo mudanças na pele e aumentando a colonização por bactérias adquiridas no ambiente e, alterando o seu pH. Objetivo: Descrever a implantação do protocolo de rotina para a higienização de Rns prematuros em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal). Métodos: Revisão literária de artigos científicos da ultima década, relacionados à higienização da pele de RNs, anatomia e fisiologia da pele bem como o efeito do uso de emolientes. Resultados: O protocolo foi estabelecido na UTI Neonatal a partir de julho de 2010 com os seguintes critérios: O banho da admissão deverá ser dado após estabilidade térmica do RN (36,8º) e após 6 horas de vida, exceto aqueles com sorologia materna para sífilis, HIV e hepatite positiva, mecônio espesso e corioamnionite; Não utilizar sabonete líquido nas primeiras 4 semanas de vida; Realizar banho nos RNs menores de 1000g a cada 7 dias, utilizando água estéril;  Nos RNs de 1000g à 1500g 2 vezes por semana, de imersão quando possível, utilizando-se de balde e água estéril; Para os RNs 1500 a 1700g em dias alternados, de imersão se possível em balde e com água estéril se menores de 32 semanas; Os RNs acima 1700g todos os dias se estabilidade clínica, avaliado e prescrito pelo enfermeiro. Conclusão: Ao nascer, o pH da pele dos bebês é mais ácido e em aproximadamente 4 dias decai para valores bacteriostáticos (pH<5). Nos bebês prematuros o declínio do pH pode demorar de 2 a 4 semanas, o que os torna mais vulneráveis à infecção. O estabelecimento de protocolos que conduzam a prescrição dos cuidados de enfermagem é fundamental para que a equipe dispense um cuidado técnico, baseado em pesquisas científicas e que favoreça a evolução clínica do RN.

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