Quanto mais prematuro é o bebê, maior é a
chance de ele utilizar medicamentos para tratar transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade (TDAH).
Uma equipe de Suecos afirma que bebês
nascidos 3 semanas antes da data prevista para o parto correm maior risco de
desenvolver o transtorno, que impede que a criança se concentre ou controle
comportamentos impulsivos. O tratamento consiste em assistência psicológica e
medicamentos.
Os autores da pesquisa analisaram uma base
de dados com informação de mais de 1 milhão de crianças suecas entre 6 e 19 anos
e destes, 7.606 haviam recebido indicação de medicamento para tratar TDAH.
Os prematuros mais extremos, nascidos
entre 23 e 28 semanas de gestação, eram os que apresentavam maior risco de
desenvolver a doença, ou seja, 2,5 vezes mais do que um bebê a termo.
O baixo peso ao nascer e a prematuridade
extrema são fatores de risco para TDAH. É o que confirma o estudo, que revela
também que bebês que nascem entre 37 e 38 semanas de gestação têm 20% a mais de
chance de desenvolver o transtorno, afirma o autor principal do estudo Anders
Hjern. Sete em casa 1000 dessas crianças tem indicação de utilizar
medicamentos. Existem outros fatores de risco para o transtorno como o
tabagismo materno e fatores genéticos.
Os resultados do estudo são um alerta às
gestantes que agendam suas cesáreas no período em questão (entre 37-38 semanas
de gestação). “Para minimizar o risco de o bebê desenvolver TDAH, as cesáreas
deveriam ser programadas o mais perto possível das 40 semanas”, alega Hjern.
O estudo, publicado pela revista
Pediatrics, confirma a relação entre prematuridade e TDAH. Para os autores,
quando o bebê nasce prematuramente, ocorre algum problema com o desenvolvimento
gradual do cérebro, que pode induzir o aparecimento do TDAH na infância.
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