terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Displasia Bronco Pulmonar



Displasia bronco pulmonar é uma doença advinda de agressões causadas pelo tratamento de recém-nascidos prematuros ou com doenças pulmonares como infecções, acúmulo de líquidos, malformações pulmonares, etc. Os pulmões dos recém nascidos não estão completamente formados, de modo que o número de alvéolos aumenta muito nos 2 anos de vida primeiros anos de vida.
Quando o recém-nascido prematuro precisa de ventilação mecânica para sua sobrevivência, essa resulta numa inflamação pulmonar, que produz cicatrizes pulmonares e interfere com o desenvolvimento normal dos pulmões.
A lesão pulmonar advinda da displasia deixa a criança com dificuldade para respirar e dependente de oxigênio, além de chiado no peito e tosse. Todos estes sintomas tendem a melhorar com o passar do tempo e com o crescimento pulmonar normal, desde que a criança receba tratamento adequado.
O tratamento da displasia envolve questões alimentares, uso de oxigênio, medicamentos e prevenção de infecções. Como o crescimento pulmonar é a chave para a melhora dos sintomas de cansaço e dependência de oxigênio, o ganho de peso e o crescimento normal da criança têm grande impacto na melhora da displasia bronco pulmonar. O uso de oxigênio representa um dos aspectos mais importantes no tratamento da displasia bronco pulmonar, pois as imaturidades pulmonares aliadas às lesões cicatriciais dos pulmões resultam numa dificuldade em captar o oxigênio do ar ambiente, e como consequência as crianças não conseguem uma oxigenação adequada sem uma oferta adicional do oxigênio.
Além das vacinas do calendário básico de saúde, as crianças com displasia bronco pulmonar devem receber vacinação para o pneumococo e vírus da gripe ou Influenza (esta também deve ser indicada para os familiares e cuidadores).
Além das vacinas, recomenda-se a administração de um anticorpo especial, denominado gamaglobulina específica antivírus sincicial respiratório nos meses de março a agosto para as crianças com displasia bronco pulmonar até os dois anos de idade.
Ainda com relação à prevenção de infecções, é preciso lembrar que pessoas com resfriados ou gripes e crianças abaixo dos 12 anos de idade devem ter acesso limitado à criança com displasia bronco pulmonar nos primeiros meses após a alta, pois as infecções respiratórias representam o maior risco para elas.
Importante ainda lembrar que a lavagem de mãos é comprovadamente o método mais eficaz na prevenção da transmissão de doenças, e deve ser estimulado para todas as pessoas em contato com a criança com displasia bronco pulmonar.
 A melhora dos sintomas da displasia bronco pulmonar é lenta e gradual, e depende do tratamento adequado e da ausência de complicações graves, mais comuns no 1º ano de vida (principalmente as infecções respiratórias). A dependência de oxigênio desaparece lentamente e raramente ultrapassa o 1º ano de vida. Não se recomenda “apressar a retirada” ou tentar forçar o desmame do oxigênio, já que a oxigenação adequada é fundamental para o crescimento e para evitar complicações cardíacas.

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