terça-feira, 9 de dezembro de 2014

SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO DO MECÔNIO



O mecônio é um liquido viscoso esverdeado composto por secreções gastrointestinais. Durante a gestação o mecônio aparece no íleo fetal entre a l0ª e 16ª semanas de gestação, sendo que ao nascimento pode ser eliminado pelo recém-nascido. A eliminação intra-útero é incomum, principalmente antes de 37 semanas de gestação. Ao contrário, em gestações de 42 semanas ou mais, ocorre em 35% ou mais. A passagem de mecônio para o liquido amniótico intra-útero (líquido amniótico meconial – LAM), poderá ser de pequena monta, causando um liquido amniótico tinto de mecônio, ou em grande quantidade, constituindo um liquido amniótico espesso de mecônio.
O recém-nascido com presença de mecônio no liquido amniótico, pode apresentar problemas respiratórios, pela presença deste nas vias aéreas. A síndrome da aspiração do mecônio – SAM é caracterizada por insuficiência respiratória, tendo também achados radiológicos compatíveis com o quadro clinico. A presença de LAM é um problema comum, ocorrendo em aproximadamente em 11 a 22% de todos os partos, segundo a literatura. A SAM aparece em cerca de 2% de todos esses partos. Sabe-se hoje, que o mecônio é um potente inibidor do surfactante pulmonar e está,  é mais uma contribuição para a instalação da SAM.

DIAGNOSTICO

A SAM descreve uma larga variedade de quadros respiratórios, variando desde sofrimento respiratório moderado, até doença grave e morte. A aspiração do mecônio pode causar doença pulmonar por obstrução das vias aéreas e produzir pneumonia química. É usualmente associada à asfixia, com necessidade de manobras de ressuscitação na sala de parto. Outras vezes, o RN apresenta-se clinicamente bem e manifesta os sintomas da SAM algumas horas após o nascimento. A severidade da doença é diretamente relacionada com a quantidade e a consistência do mecônio. O resultado da obstrução das vias aéreas inferiores pode produzir sofrimento respiratório em neonatos gravemente afetados. A obstrução parcial das vias aéreas pode levar ao pneumotórax. Os casos mais leves, que constituem a maioria, costumam melhorar em 48hs.

 

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