segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ESTUDO MOSTRA QUE ASSISTÊNCIA NEONATAL CONTRIBUI PARA A SOBREVIVÊNCIA DE BEBÊS NASCIDOS COM BAIXO PESO



Com o desenvolvimento da medicina neonatal, estamos conseguindo manter vivas crianças com prematuridade extrema e só o acompanhamento desses casos poderão nos dizer o valor dessas conquistas.
Os bebês nascidos com baixo peso extremo (menos de 400 gramas) são considerados de alto risco e maior probabilidade de sofrer resultados desfavoráveis, do que os prematuros com um peso maior. No relato de caso “Long-term Follow-up of 2 Newborns With a Combined Birth Weight of 540 grams”, publicado na Pediatrics, em janeiro de 2012 (postado on-line em 12 de dezembro de 2011), os pesquisadores mostram resultados animadores de dois casos de desenvolvimento normal de bebês (o menor e o terceiro menor do mundo), agora, com 5 e 20 anos de idade, respectivamente, ambos nascidos na Loyola University Medical Center, em Illinois.
 

Madeline nasceu em 1989 com 26 semanas de gestação, pesando 280 gramas, e Rumaisa nasceu em 2004, com 25 semanas de gestação e um peso de 260 gramas, o mais baixo já documentado no mundo. Ambos os bebês são normais em quesitos avaliados como desenvolvimento motor e da linguagem até os 3 anos de idade e marcos de desenvolvimento foram alcançados em níveis de idade apropriada. Isso não é regra nem para prematuros maiores.
Os autores do estudo consideram que os avanços na assistência neonatal continuarão a permitir a reanimação e a sobrevivência de recém-nascidos cada vez menores, mas as questões éticas, médicas e econômicas continuarão a ser discutidas.


Por Dr José Luiz Setúbal
Fonte: “Long-term Follow-up of 2 Newborns With a Combined Birth Weight of 540 grams”, in the January 2012 Pediatrics (published online Dec. 12, 2011)



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